28 março, 2024

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Cuidadora que deixou bebê morrer dentro de carro em Bauru tinha creche clandestina, diz policia

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Um vídeo de circuito de segurança mostra o bebê de 2 anos que morreu após ter sido esquecido dentro de um carro por uma cuidadora se mexendo dentro do veículo. O carro estava estacionado na frente da casa da mulher, no Jardim Redentor, em Bauru (SP), na tarde desta quarta-feira (25).

Glaucia Aparecida Luiz foi presa por homicídio com dolo eventual e aguarda audiência de custódia, que deve ser realizada nesta quinta-feira (26).

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A defesa dela informou que entrará com pedido de liberdade provisória nesta quinta-feira, pois “nunca houve a intenção de ocasionar tal resultado”.

Para a polícia, a mulher disse que havia esquecido Arthur, filho do casal Fabrício Lucas do Santos e Karina Oliveira de Souza dos Santos (foto) por cerca de 15 minutos, porém, as imagens que fazem parte das investigações mostram que o bebê ficou mais de 3 horas no veículo.

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Nas imagens é possível ver o menino no banco da frente, próximo ao para-brisas, dando a impressão que tenta abrir a porta e bater no vidro.

Segundo a polícia, a criança ficou dentro do carro fechado das 13h45 às 16h51. No momento em que a criança aparece no vídeo se mexendo era por volta das 14h, informou a polícia.

Imagem mostra o menino no banco da frente do carro estacionado na rua em Bauru — Foto: Circuito de segurança/ Reprodução

Imagem mostra o menino no banco da frente do carro estacionado na rua em Bauru — Foto: Circuito de segurança/ Reprodução

Duas horas depois, às 16h22, a cuidadora sai da casa para colocar o lixo na lixeira, passa ao lado do carro, mas não teria notado que a criança estava dentro do carro. Neste momento também há duas crianças andando de bicicleta na calçada.

Somente às 16h51 é que a mulher abre a porta do carro, segundo a polícia, para guardar alguma coisa no veículo, e percebe a criança desacordada no banco de trás.

Ela pega o menino no colo e entra em casa e, minutos depois, sai correndo com ele para levá-lo à Unidade de Pronto-atendimento do Geisel.

A cuidadora com o bebê no colo volta para casa; minutos depois ela saiu com menino para levá-lo até a UPA em Bauru — Foto: Circuito de segurança/ Reprodução

A cuidadora com o bebê no colo volta para casa; minutos depois ela saiu com menino para levá-lo até a UPA em Bauru — Foto: Circuito de segurança/ Reprodução

A criança já teria chegado sem vida na unidade e, segundo a equipe que fez o atendimento, com sinais de desidratação, sufocamento e maxilar rígido.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a mulher entrou em contato com os pais do menino para dizer que ele estava sendo atendido na UPA. A mãe informou aos policiais que só quando chegou na unidade é que soube que o filho havia morrido.

Cuidadora foi presa em Bauru e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira  — Foto: Fernanda Ubaid/ TV TEM

Cuidadora foi presa em Bauru e deve passar por audiência de custódia nesta quinta-feira — Foto: Fernanda Ubaid/ TV TEM

Arthur é velado em Bauru e o enterro será na tarde desta quinta-feira, no cemitério municipal de Macatuba (SP).

Creche irregular

Segundo a polícia, a mulher, de 35 anos cuida de mais de 10 crianças com a ajuda da filha, de 16 anos, na casa delas, onde funcionaria uma creche irregular.

“Ela tem um estabelecimento clandestino onde ela e a filha cuidam de mais de 10, 12 crianças. Ela leva essas crianças para lá e para cá, não tem uma estrutura. E outra, ela esqueceu essa criança no carro e ela não notou a falta da criança dentro da casa”, comenta o delegado Mário Henrique de Oliveira.

Ainda conforme o delegado, houve falta de cuidados por parte da mulher, por isso o caso é investigado como homicídio com dolo eventual.

“Ela dá café, lanche e tem a hora do soninho, ou seja, uma série de atividades. Então foi de uma falta de cuidado, de uma irresponsabilidade que supera a simples negligência, o simples descuido.”

A defesa da cuidadora disse que ela não teve a intenção de provocar a morte do menino. “Glaucia e a família vêm colaborando veemente com as investigações, afim de esclarecer os fatos, até porque Glaucia não teve a intenção de levar a criança a óbito, tampouco de machucá-la. A defesa repassa as condolências e mais sinceros pêsames de Glaucia e sua família para os familiares do menino Arthur”.

Fonte: G1

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