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O crocodilo-do-nilo é visto como uma espécie livre da sombra da extinção pela lista oficial da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), ainda que um estudo pós-pandêmico aponte que, ao menos na região do Zimbabué, o animal esteja em vulnerabilidade devido a pressões similares às sofridas pela onça na Mata Atlântica brasileira – caçado para proteger gado e animais domésticos, ou mesmo como troféu.
Mas qualquer um desses assuntos passa a largo para quem esbarra com Henry, um crocodilo-do-nilo que logo comemora seu 124° aniversário, programado para o próximo dia 16 de dezembro. Desde que foi capturado pela equipe do Centro de Conservação Crocworld, em Scottburgh, África do Sul, Henry já foi pai para mais de 10 mil crocodilinho.
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O espécime nasceu em 1900 na região do delta do rio Okavango, em Botsuana, e após episódios relatados de ataques a animais e crianças, foi levado para cativeiro em 1985. Hoje, o crocodilo convive com outras seis fêmeas e com um réptil geriátrico da mesma espécie: Colgate, de mais de 90 anos de idade.
Henry é hoje um garoto propaganda para o Centro de Conservação. O santuário é dedicado à proteção e procriação de repteis africanos, oferece áreas protegidas para 200 espécies de aves e já recebeu mais de 1,5 milhões de visitantes desde que abriu as portas nos anos 80 – parte deles curiosos pelo animal centenário.
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Em seu aniversário de 123 anos, comemorados em dezembro de 2023, Henry teve uma festa com visitas e foi tema de sobremesas servidas gratuitamente no local. Meses antes, em setembro do mesmo ano, o centro teve que se manifestar oficialmente sobre rumores de sua morte. “Ele pode estar sem alguns dedos da pata e dentes, mas depois de 122 anos neste planeta, isso é de se esperar! Ele está feliz, saudável e pronto para receber visitantes – à distância!”, disse em nota Wade Kilian, especialista em repteis do Crocworld.
Nativos de áreas de água doce, os crocodilos-do-nilo são repteis fortes e gigantes. Henry, por exemplo, mede 5 metros e pesa 750 quilos. Também são longevos, podendo viver em média 70 anos na natureza.
Ainda que cacem peixes e aves, a dieta dessas criaturas também pode incluir outros animais africanos de médio e grande porte, como búfalos e antílopes. Ele é agressivo, podendo atacar mesmo quando não sente ameaça.
Fonte: Um Só Planeta