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Nesta quarta-feira, a atacante Cristiane anunciou que não defenderá mais a Seleção Brasileira feminina de futebol. Atualmente, a jogadora atua pelo Changchun Zhuoyue, da China.
Aos 32 anos, a atleta revelou, através de uma rede social, que sua principal motivação para a decisão foi a demissão da então técnica do Brasil, Emily Lima,na última sexta-feira. Depois disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o retorno de Vadão ao comando do time.
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“Hoje se encerra meu ciclo na Seleção Brasileira. Foi bem difícil para mim quando essa comissão foi mandada embora, porque ano passado eu tinha me chateado bastante depois das Olimpíadas, por conta da minha lesão, e tinha perdido a vontade de voltar à Seleção. Essa comissão me mostrou algumas coisas diferentes, a Emily pediu e eu retornei”, diz parte da mensagem.
Em parte do anúncio, Cristiane revelou que 24 das 26 atletas da Seleção enviaram uma carta à CBF pedindo a continuidade da comissão liderada por Emily Lima, mas que o pedido não foi atendido pela entidade. Mesmo assim, a jogadora fez questão de destacar que sua decisão não foi motivada pela escolha de Vadão para o cargo de técnico.
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“A minha decisão não é por conta da comissão do Vadão. Eu, inclusive, conversei com ele antes disso. Ele pediu que eu ficasse e conversou bastante comigo, me falou da importância do grupo. Eu agradeci demais, porque ele é uma pessoa incrível”, explicou.
Cristiane, inclusive, não deixou de criticar diversas atitudes da CBF, e mandou uma mensagem diretamente ao presidente da entidade, Marco Polo Del Nero. “Por que que não colocam as nossas camisas à venda? Eu cansei de ficar ouvindo de diretor que nós só sobrevivemos por conta do dinheiro do masculino. Já que isso acontece, por que não criam um plano para que possamos depender de nós mesmas?”, continuou.
Visivelmente emocionada, Cristiane fez um pedido para as atuais jogadoras do Brasil: “Meninas, sejam fortes e unidas”. Após 17 anos, a atacante não vestirá mais a camisa verde e amarela, mas declarou que seguirá lutando pelo futebol feminino nacional.
“É muito difícil para mim, porque era o meu sonho: colocar uma medalha de ouro no peito, levantar o troféu de campeã mundial e poder ajudar a modalidade de alguma maneira. Se eu não pude ajudar tanto assim durante esses 17 anos como atleta, espero poder ajudar como ex-atleta”, completou.
Fonte: Yahoo!
