26 de dezembro, 2024

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Crianças que vivem perto de espaços verdes têm ossos mais fortes, diz estudo

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Crianças com mais espaços verdes perto de suas casas têm ossos significativamente mais fortes, o que pode render benefícios para a saúde ao longo da vida, afirma um estudo da Universidade de Hasselt, na Bélgica, publicado em janeiro. Os cientistas descobriram que os pequenos que viviam em locais com 20 a 25% mais áreas naturais num raio de 1.000 metros da sua casa apresentavam um aumento da resistência óssea equivalente a meio ano de crescimento natural. O estudo, o primeiro deste tipo, também descobriu que o risco de ter densidade óssea muito baixa era 65% menor para estas crianças, independentemente do sexo.

A força óssea aumenta na infância e na adolescência, antes de estabilizar até cerca dos 50 anos de idade e, depois, diminuir. De acordo com os pesquisadores, aumentar o acesso de crianças a espaços verdes e o tamanho dessas áreas poderia prevenir fraturas e osteoporose na velhice.

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Para os cientistas, a relação entre espaços verdes e ossos mais fortes provavelmente é resultado de níveis mais elevados de atividade física em crianças que vivem perto de praças e parques, pois o exercício estimula o crescimento ósseo. “Quanto mais forte for a massa óssea durante a infância, mais capacidade óssea você terá na vida adulta e na velhice”, disse o professor Tim Nawrot, da Universidade de Hasselt, na Bélgica, um dos autores do estudo, ao The Guardian. “Portanto, a verdadeira mensagem de saúde pública deste estudo é que os planejadores urbanos podem fortalecer os ossos das crianças com mais áreas verdes — e isso tem consequências duradouras.”

Pesquisas anteriores já haviam descoberto que um maior acesso a espaços verdes aumenta a atividade física em crianças. Estudos também descobriram vários benefícios da proximidade a áreas naturais para o desenvolvimento infantil, incluindo menor risco de excesso de peso, menor pressão arterial, QI mais elevado e melhor bem-estar mental e emocional.

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O estudo, publicado na revista científica JAMA Network, acompanhou mais de 300 crianças numa região de Flandres, na Bélgica, que incluía áreas urbanas, suburbanas e rurais. Os cientistas usaram exames de ultrassom para medir a densidade óssea de crianças de 4 a 6 anos de idade. Foram levados em consideração a idade, o peso, a altura, a etnia da criança e o nível de escolaridade da mãe para ajustar os resultados. A quantidade de tempo de tela, os suplementos vitamínicos e o consumo diário de laticínios também foram testados para verificar se afetavam a densidade óssea das crianças, mas não foram encontrados impactos significativos.

Fonte: Um Só Planeta – Foto: Um Só Planeta

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