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Médicos reforçam a importância da vacinação e explicam como identificar sinais de alerta em doenças respiratórias infantis
As doenças respiratórias continuam entre as principais causas de internação infantil no Brasil. Mudanças bruscas de temperatura e altos índices de poluição nas grandes cidades aumentam ainda mais a frequência dos casos.
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Segundo o imunologista Antonio Carlos Pastorino, chefe da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da USP, uma criança pode apresentar até dez infecções virais por ano sem grandes consequências. Entre as mais comuns estão otites, amigdalites e sinusites leves, que nem sempre exigem antibióticos.
“O que preocupa são as infecções graves, que necessitam de antibiótico endovenoso ou internação. Esses são sinais de alerta para investigar imunodeficiências”, explica Pastorino.
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Riscos e complicações
Entre as condições mais graves está a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), caracterizada por febre alta, tosse intensa, dificuldade para respirar, calafrios e cansaço extremo. O quadro pode evoluir rapidamente, levando à necessidade de internação hospitalar, ventilação mecânica e até risco de óbito — especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
Outro ponto de atenção é a asma infantil. “Nem toda sibilância é asma, mas até que se prove o contrário precisamos investigar. Quase 80% dos casos em crianças têm origem alérgica e muitas vezes começam com dermatite atópica antes de evoluir para crises respiratórias”, ressalta Pastorino.
Importância da prevenção
Para o pneumologista Luiz Vicente Ribeiro, coordenador da Unidade de Pneumologia do Instituto da Criança do HC-FMUSP, a vacinação é o melhor caminho para evitar casos graves. Ele destaca as vacinas básicas, como as que protegem contra pneumonia, coqueluche, sarampo e gripe, além de avanços recentes como a vacina contra bronquiolite, aplicada em gestantes para proteger os bebês nos primeiros meses de vida.
“Durante décadas não existia vacina contra o vírus sincicial respiratório. Hoje já temos opções que oferecem até cinco meses de proteção para os bebês. Isso é uma revolução na prevenção das formas graves da doença”, afirma Ribeiro.
Com CNN