22 de dezembro, 2024

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Crianças perdidas na selva colombiana ‘estão vivas’, dizem autoridades

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Autoridades da Colômbia consideram que as quatro crianças indígenas perdidas há quase um mês na Amazônia “estão vivas” e insistem em buscá-las — afirmou, nesta segunda-feira (29), o militar responsável pela operação.

Os menores de 13, 9 e 4 anos, além de um bebê de 11 meses, viajavam juntos de sua mãe e de outros dois adultos em um avião que caiu em 1º de maio na densa floresta do sudeste do país.

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Diferentemente dos maiores de idade, seus corpos não estavam na aeronave. Socorristas encontraram seus pertences, um abrigo improvisado e uma fruta mordida nos arredores.

Crianças desaparecem após acidente aéreo na Colômbia (Foto: Forças Militares da Colômbia)

“Concluímos que as crianças estão vivas pelas evidências. Se estivessem mortos, certamente seria fácil de encontrá-los, porque estariam quietos, porque os animais nos orientariam para lá”, disse à W Radio o general Pedro Sánchez, após uma reunião com os encarregados da Aeronáutica Civil e o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, encarregado de cuidar dos direitos de menores de idade.

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As autoridades rastreiam os menores em uma área de aproximadamente 323 quilômetros quadrados, o equivalente a toda província de Buenos Aires.

“Ainda é muito estranho, porque eles não param, embora tenhamos espalhado mais de 10.000 panfletos” e 100 kits de sobrevivência, acrescentou o general que comanda quase 200 homens, entre indígenas e militares, que percorrem essa zona fronteiriça entre os departamentos de Caquetá e Guaviare (sul).

A 100 metros

Na quarta-feira, 24 de maio, o grupo de buscas encontrou duas fraldas e um par de tênis na área: “Encontramos indícios e corroboramos com o GPS, quando encontramos as duas fraldas, uma delas usada, que passamos a cerca de 100 metros deles”, disse Sánchez.

“Em um determinado momento, tivemos 92 indígenas trabalhando sob nosso comando, e 73 permanecem, devido às condições do terreno, mas essa combinação nos permitiu dobrar as atenções na região, e também trocar conhecimento sobre o complexo e o misterioso, como alguns chamam, da nossa selva”, acrescentou o militar.

No domingo, o Exército trouxe poderosos holofotes com alcance de até três quilômetros para iluminar a região.

Os militares também reproduzem uma mensagem gravada pela avó das crianças em sua língua materna e em espanhol: “Filha, obrigado por ficar quieta, pare, ouça o microfone. Filha, fique aí, para que eles (os soldados) encontrem vocês”.

Segundo os parentes das crianças, a irmã mais velha, do povo huitoto, tem grande experiência em andar pela selva.

Mamadeira encontrada durante as buscas (Foto: Fuerzas Militares de Colombia)

“Conversar com a selva”

Enquanto isso, as comunidades originárias “adiantam processos espirituais que consistem em conversar com a selva e pedir que ela fale” para localizar os menores, segundo o governo.

Fiel às crenças dos povos amazônicos, Fidencio Valencia, avô das crianças, disse à AFP que alguma força sobrenatural e “misteriosa” impediu o resgate.

Na região, há onças, pumas, serpentes e outros predadores. Também há guerrilheiros que se distanciaram do acordo de paz assinado pelas Farc em 2016.

Em 17 de maio, o presidente Gustavo Petro chegou a declarar que as crianças haviam sido encontradas com vida, mas, no dia seguinte, retratou-se e lamentou ter compartilhado uma informação falsa.

Mapa das buscas pelas quatro crianças desaparecidas na Colômbia (Foto: Forças Militares da Colômbia/Reprodução/Twitter)

Fonte: Agências

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