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Pais de crianças que teriam sido agredidas por uma funcionária de uma creche municipal em Avaré (SP) relataram preocupação com os filhos após a repercussão do caso. A situação aconteceu em um centro de educação infantil no bairro Vila Martins II, e uma reunião entre a Secretaria de Educação e os pais foi realizada nesta quarta-feira (30).
Cristiano Santana Fernandes, pai de um bebê de um ano, contou que começou a notar mudanças no comportamento do filho há cerca de um mês. Segundo ele, a criança chorava sempre que via a auxiliar responsável por cuidar dela em período integral. “Criança não tem como se defender”, afirmou.
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Inicialmente o pai achou que a criança tivesse estranhando a falta de afinidade com a funcionária. “Mas, duas vezes seguidas e aí a gente vir buscar a criança, sentia que ela estava chorando, não estava legal, a gente fica com um certo receio”, descreve o pai.
Conforme apurado pela TV TEM, o caso veio à tona depois que uma das supostas vítimas voltou para casa com hematomas no rosto. Os pais denunciaram o caso na Secretaria de Educação do município.
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Durante a reunião, o secretário de Educação César Augusto de Oliveira pediu que os pais que notarem qualquer mudança de comportamento nos filhos procurem a polícia para registrar a denúncia. Ele também afirmou que a Prefeitura está oferecendo apoio psicológico e jurídico às famílias.
Outra medida anunciada pela Secretaria de Educação é a instalação de uma central de monitoramento em tempo real na unidade. Atualmente, o sistema de câmeras armazena as imagens em uma central externa, sem possibilidade de acompanhamento ao vivo.
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“Tem o psicológico das crianças também, como que fica? Porque o psicológico de um pai fica abalado, e de uma criança que não tem como se defender? Então, a gente só quer esclarecer a verdade e quem for os errados nessa situação, que pague pelos seus erros, para que não aconteça mais esse tipo de coisa”, reforça Cristiano.
Após os casos recorrentes, os pais relataram à Secretaria Municipal de Educação e, em seguida, o secretário pediu à escola imagens das câmeras da sala do berçário, que agora estão com a polícia.
“É muito doloroso, porque a gente não sabe o que se passou”, relata a família de uma das crianças agredidas.
A mãe de um bebê que teria sido vítima de agressão, e que preferiu não se identificar, contou sobre a importância de os profissionais da educação estarem preparados para atuar na área, garantindo a segurança das crianças.
“A gente precisa trabalhar, deixar eles (os filhos) na creche, para poder trabalhar, dar o sustento para eles… Eu acho que para uma pessoa trabalhar nesse setor, tinha que passar por vários exames, psicológicos, tudo isso para depois colocar para trabalhar com crianças”.
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Violência está sendo investigada
A Prefeitura de Avaré informou que a auxiliar foi afastada do cargo assim que foi constatado o problema, após a orientação da Procuradoria Geral do município. Além disso, foi possível colher indícios através das câmeras de segurança, em que, essa denúncia também envolve outras crianças da sala.
A Delegacia Seccional de Avaré confirmou que o caso está sendo investigado, mas segue sob segredo de Justiça. As testemunhas também começaram a ser ouvidas pela polícia.
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Fonte: G1