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Uma bebê de 1 ano e 2 meses foi hospitalizada após ingerir desinfetante em Itapetininga, no interior de São Paulo. Segundo a mãe, a criança foi levada às pressas para o pronto-socorro do Hospital Léo Orsi Bernardes (HLOB), mas só foi atendida três horas após a chegada, apesar da classificação de urgência feita pela triagem.
A mãe contou que estava limpando a casa e lavando roupas enquanto cuidava da filha. O produto de limpeza estava em cima de um móvel, em um local que, até então, parecia inacessível para a criança. “Ela estava brincando na sala, assistindo TV. Um olho na roupa, outro nela. Quando percebi, ela estava com a embalagem na mão e a roupinha molhada”, relata.
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Ao sentir o cheiro da boca da bebê, a mãe correu com a filha para o pronto-socorro. Na triagem a criança foi classificada com pulseira amarela, caso urgente, mas o atendimento demorou.
De acordo com o relato da família, a médica plantonista, que não era pediatra, avaliou o caso como não urgente. Após insistência da mãe e da avó uma pediatra foi chamada, mas, mesmo assim, mãe e filha foram retiradas da área de atendimento e voltaram para a recepção. O atendimento médico só ocorreu cerca de três horas depois da chegada.
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Apesar da gravidade da situação, a criança não apresentava sinais clínicos de intoxicação severa. Ela foi observada pela equipe médica e liberada em seguida para retornar para casa. A família registrou a reclamação na ouvidoria do hospital.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura, responsável pelo hospital, que solicitou que a reportagem procurasse a Beneficência Nipo-Brasileira, que é a responsável pela gestão da unidade. A reportagem procurou a entidade, mas, até a última atualização, não obteve retorno.
Problemas no HLOB
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou nesta segunda-feira (12) que abriu uma sindicância para apurar denúncias de supostas negligências médicas no Hospital Dr. Léo Orsi Bernardes, em Itapetininga. Em menos de 30 dias, a prefeitura afastou dois médicos que atendiam na unidade. O Cremesp destacou que as investigações correm em sigilo.
Nesta quarta-feira (14) em entrevista à TV TEM o promotor José Roberto de Paula Barreira afirmou que as investigações estão no início e que ele, vai avaliar se o serviço hospitalar do HLOB está sendo realizado dentro da realidade que deve ser feito . “Tendo efetividade, tendo resolutividade e, sim, se comprometendo a atendimento bom para a população”.
Fonte: G1
