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Desde junho de 2016, quando entrou em vigor resolução que determina que a Força Aérea Brasileira (FAB) deve manter à disposição do Ministério da Saúde no mínimo um avião capaz de transportar órgãos, tecidos e partes do corpo humano, as aeronaves militares já transladaram 366 órgãos humanos para transplantes.
O esforço faz parte de uma ampla estrutura logística que envolve também as empresas aéreas comerciais, responsáveis por 96% dos transportes de órgãos no país. A agilidade do transporte é fundamental para o sucesso dos transplantes. Uma vez fora do corpo, a maioria dos órgãos e tecidos se mantém aptos a serem transplantados por poucas horas. Um coração devidamente acondicionado, por exemplo, pode ser aproveitado até no máximo quatro horas após ser retirado do corpo do doador. Já um pulmão pode ser transplantado em até seis horas.
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Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro semestre deste ano, o número de doadores de órgãos aumentou 16% em comparação ao resultado dos seis primeiros meses de 2016. O próprio ministério atribui parte do incremento ao aumento na rapidez do transporte de órgãos pelo país, graças às parcerias com companhias privadas e à atuação da FAB.
Além do acordo de cooperação com as companhias aéreas voluntárias, o Ministério da Saúde se comprometeu a repassar R$ 5 milhões para ressarcir a FAB pelos custos com os voos realizados entre 25 agosto de 2016 e 19 janeiro 2020. Desde o acordo, só as aeronaves militares já trasladaram 174 fígados, 96 corações, 52 rins, 18 pâncreas, 16 pulmões, seis tecidos ósseos, três baços e um gânglio linfático (linfonodos). A título de comparação, entre janeiro e junho do ano passado, apenas cinco órgãos tinham sido transportados em aviões militares. Antes da publicação do decreto presidencial, a FAB não podia manter uma aeronave exclusiva para transportar órgãos.
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Sete esquadrões de transporte aéreo da FAB estão aptos a transportar órgãos e tecidos. Eles estão localizados na região Norte do país (Belém e Manaus), no Sudeste (Rio de Janeiro e Guarulhos), no Centro-Oeste (Brasília), no Sul (Canoas) e no Nordeste (Recife). O acionamento da unidade mais indicada para a missão é decidido pelo Comando de Operações Aeroespaciais da Aeronáutica, a partir de solicitação da Central Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde.
Já os voos comerciais que transportam órgãos, tecidos ou equipes médicas recebem prioridade para pouso e decolagens em qualquer aeroporto do país. Ao longo de todo o anos passado, as companhias aéreas transportaram 1.023 órgãos. Já no primeiro semestre deste ano foram transportados 667 órgãos.
Fonte: Agência Brasil