20 abril, 2024

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Covid-19: para presidente de cruzeiros no Caribe, outros podem morrer se não puderem atracar

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O presidente da linha de cruzeiros Holland America, que opera duas embarcações que levam a bordo quatro mortos e dezenas de infectados aparentemente pelo coronavírus, alertou nesta terça-feira (31) que mais pessoas podem morrer se não forem autorizados a atracar no estado da Flórida, nos Estados Unidos.

“Já morreram quatro passageiros e temo que existam mais vidas em risco”, escreveu Orlando Ashford, presidente da Holland America, em uma carta aberta ao jornal local Sun Sentinel.

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“Essas são almas desafortunadas que ficaram involuntariamente presas nas restrições políticas, de saúde e das fronteiras que se fecharam rapidamente no mundo”, acrescentou.

“Com toda razão, os países têm se concentrado na crise da Covid-19 pela qual estão passando”, disse Ashford.

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“Mas estão dando as costas a milhares de pessoas que ficaram à deriva no mar”. O que aconteceu com a compaixão e a solidariedade com o próximo?”, questionou o presidente da linha de cruzeiros.

O barco “Zaandam”, da Holland America, tinha como previsto atracar em Fort Lauderdale no dia 7 de abril, no final do cruzeiro de um mês.

No entanto, houve um surto de coronavírus a bordo, e vários portos latino-americanos fecharam as portas a ele. Na última passada, saiu da Califórnia um pequeno navio assistente, o “Rotterdam”, para prestar ajuda e fornecer suprimentos ao “Zaandam”, além de separar os passageiros em dois barcos.

Centenas de passageiros aparentemente saudáveis foram então transferidos ao Rotterdam, e os navios percorreram o Canal do Panamá durante o final de semana rumo a Fort Lauderdale, situado a 50 km de Miami, onde poderiam chegar na próxima quarta-feira à noite ou na quinta-feira pela manhã.

No entanto, as autoridades de Fort Lauderdale rejeitam a ideia. O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse na última segunda-feira que não quer que pessoas contaminadas dos barcos sejam “descartadas” em seu estado e ofereceu, em troca, enviar uma equipe médica.

O seu principal argumento é que os condados de Miami e Broward, onde está Fort Lauderdale, concentram 60% dos mais de 6.000 casos de coronavírus no estado e precisa de equipamentos hospitalares para conseguir atender os moradores da região.

O estado não pode permitir “que pessoas que sequer são da Flórida sejam deixadas aqui no sul para que usem nossos valiosos recursos”, disse DeSantis.

Entretanto, William Burke, vice-presidente da linha de cruzeiros Carnival – que opera Holland America -, expôs nesta terça frente a Comissão do Condado de Broward uma proposta de plano de ação para o eventual desembarque de passageiros e tripulantes.

Segundo apresentou, há a proposta de transportar em voos à Europa e à costa oeste dos EUA os passageiros que não apresentarem sintomas, muitos dos quais viajam atualmente no Rotterdam, e continuar atendendo os doentes a bordo do Zaandam, até que se recuperem.

“Temos vários ventiladores, oxigênio extra, temos equipamento adequado”, disse, acrescentando contar com médicos e enfermeiros.

Burke informou que 11 testes para coronavírus tinham sido feitos, dos quais nove foram positivos. Até o momento, há cerca de 200 passageiros e tripulantes no Zaandam com sintomas parecidos aos de uma gripe.

A Comissão do Condado de Broward, onde Fort Lauderdale está localizado, deve tomar uma decisão na quinta-feira pela manhã a respeito da amarração das embarcações em coordenação com autoridades do porto, da guarda costeira e dos centros para o controle de doenças, anunciou o prefeito Dale Honless.

Nas duas embarcações há 1.243 passageiros e 1.247 tripulantes.

Fonte: Yahoo!

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