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Corpo da menina Raíssa Eloá Caparelli Dadona, de 9 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (30), no Cemitério Municipal de Perus, na Zona Norte de São Paulo. Ela foi encontrada morta na tarde deste domingo (29) no Parque Anhanguera, na mesma região, após desaparecer de uma festa em um Centro Educacional Unificado (CEU) municipal na região.
Cerca de 50 pessoas entre amigos e familiares participaram do velório da menina. Ainda não há laudo com informações sobre as causas da morte.
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A garota, que fazia tratamento para autismo há um ano, estava dependurada em uma árvore por uma tira amarrada no pescoço, mas com os pés encostados no chão. Segundo o boletim de ocorrência, em princípio não se trata de enforcamento e o rosto tinha mancha de sangue que cobria toda a face, além de algumas lesões nos ombros.
O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil.
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O Boletim de Ocorrência, registrado pelo DHPP, revela detalhes de como o corpo da criança foi encontrado. “Em seu braço esquerdo foi encontrada amarrada uma meia social masculina da cor marrom, além de um elástico de prender cabelo da cor azul.”
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, diligências estão sendo realizadas em busca de testemunhas e imagens que possam auxiliar na identificação e prisão do autor do crime.
Antes da morte
Em depoimento à polícia, a mãe de Raíssa, Vânia, contou que levou a garota e o irmão mais novo para uma festa no CEU Anhanguera por volta das 12h deste domingo. O local estava cheio de crianças.
Em dado momento, a mãe deixou a filha no pula-pula e foi buscar pipoca para o outro filho. Ao retornar, não a encontrou mais. A gestora do CEU procurou a criança e pediu apoio a visitantes.
Segundo o boletim de ocorrência, às 14h um adolescente de 12 anos encontrou Raíssa pendurada em uma árvore dentro de uma área reservada a funcionários do parque que fica a 2 quilômetros do CEU.
A garota morava no bairro Morro Doce, ao lado do CEU, desde 2017.
Menina introvertida
A assistente social que atendia Raíssa no Núcleo de Apoio à Inclusão Social para Pessoas com Deficiência, Joice de Souza, disse que a garota era tímida, mas, com o tratamento, havia melhorado o comportamento, tornando-se mais emotiva e falante.
A família afirma que a menina não dava confiança a adultos que não conhecia. “Ela era introvertida, não era de se comunicar, mas, quando se sentia bem, ela falava”, conta uma prima de Raíssa, Alessandra Correa da Silva.
A Prefeitura de São Paulo, que é responsável tanto pelo CEU quanto pelo Parque Anhanguera, disse que tomou todas as providências necessárias e que os vigilantes do parque preservaram o local e acionaram a Guarda Civil Metropolitana, que registrou a ocorrência na delegacia.
O Parque Anhanguera permanece aberto.
Fonte: G1