Anúncios
Apenas 30% das crianças com até seis anos de idade, das gestantes e das puérperas (mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias), tomaram a vacina contra gripe no estado de São Paulo.
Segundo o governo, desde 11 maio, quando a dose foi liberada para estes grupos, foram imunizadas somente 930,9 mil crianças (30,5% de cobertura vacinal), 136,1 mil gestantes (30%) e 24,6 mil puérperas (33,3%).
Anúncios
Ano passado, no mesmo período, a campanha havia atingido 79,2% das crianças, 75,2% das gestantes e 107% das puérperas. Para aumentar a participação, o governo tem feito alertas para estes públicos. Enfermeira da Divisão de Imunização do estado, Maria Lígia Nerger reforçou a necessidade de se vacinar antes do inverno, período em que o vírus tem maior circulação.
Impacto da pandemia
Anúncios
Para a coordenadora do departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia), Ana Karolina Barreto Marinho, a baixa adesão está relacionada ao isolamento imposto pela pandemia de covid-19 e ao temor da população em procurar os postos de saúde em meio ao novo coronavírus.
Segundo Ana, já existia a dificuldade de conscientizar a população sobre a importância das campanhas de vacinação, e a pandemia se tornou mais um desafio.
Mas não há motivo para receio. “Algumas unidades de saúde estenderam os horários para evitar aglomerações e existe o pessoal de apoio que separa as filas para respeitar o distanciamento, além de ter uma ala separada da de covid-19”, afirmou a médica.
Ainda assim, ela recomendou que quem for ao posto deve evitar levar muitos acompanhantes e sempre fazer o uso da máscara de proteção e álcool gel.
Ana lembrou que a dose contra gripe não protege da covid-19 (para a qual ainda não há remédio), mas que é um “diferencial” na hora de diagnosticar o novo coronavírus. “Os sintomas da H1N1 podem ser parecidos, então a vacina ajudar a separar esses doentes.”
A dose contra a gripe está disponível na rede pública também para todos os adultos a partir dos 55 anos, doentes crônicos, professores e profissionais da saúde, entre outros. A campanha termina dia 5 de junho.
Fonte: Jornal Metro