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Pressionado após duas derrotas (para Grêmio e Atlético-PR) e um empate (com o Cruzeiro), o Corinthians reagiu no Campeonato Brasileiro na noite desta segunda-feira, diante do Vitória. A equipe comandada por Cristóvão Borges chegou a preocupar a maioria da torcida presente em Itaquera com um gol contra de Yago no primeiro tempo, porém chegou à virada por 2 a 1 por meio de Marlone e Marquinhos Gabriel no segundo.
O primeiro triunfo como mandante desde 3 de julho, quando o Flamengo fora goleado por 4 a 0 em Itaquera, elevou o Corinthians à terceira colocação da tabela de classificação. O time soma os mesmos 37 pontos ganhos pelos flamenguistas, atrás apenas de Palmeiras (40) e Atlético-MG (38). Para seguir em alta, será preciso ganhar também da Ponte Preta no sábado, no Moisés Lucarelli.
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Já o Vitória ocupa a zona de rebaixamento da competição. Com 23 pontos, na 17ª posição, a equipe baiana buscará a reabilitação contra o lanterna América-MG, no domingo, na Fonte Nova.
O jogo – Tão logo o Vitória deu a saída – quando a torcida ainda gritava “raça, Timão, você é tradição!” –, o Corinthians deu uma amostra de qual seria a sua postura na nova formação proposta por Cristóvão Borges. Elias correu até a área adversária para tentar roubar a bola, assim como fazia nos melhores tempos de Tite.
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Raça e tradição, no entanto, não bastavam para o Corinthians. Na defesa, a equipe da casa continuava a vacilar bastante, o que encorajava o Vitória a incomodar os zagueiros Yago e Balbuena. Na transição ofensiva, também faltava qualidade para fazer a bola chegar a Guilherme, o pouco participativo falso centroavante de Cristóvão.
Aos 14 minutos, um jogador da Seleção Brasileira tentou resolver o problema sozinho. Convocado por Tite nesta segunda-feira, Fagner levantou o público ao passar o pé sobre a bola no campo de defesa e avançar à base de tabelas antes de errar a finalização da entrada da área.
Como jogadas como a de Fagner eram esporádicas, embora o Corinthians ficasse mais tempo com a bola nos pés, Cristóvão resolveu mandar Romero – com a sua vontade e erros técnicos habituais – para o lado direito, deslocando o sumido Marquinhos Gabriel para a esquerda.
Com Romero do outro lado do gramado, o Corinthians, que jogava muito pela direita até então, passou a atacar mais pela esquerda. Como aos 27 minutos, quando Rodriguinho invadiu a área, limpou a marcação com categoria e soltou o pé. Na trave.
O Vitória também continuava perigoso quando aparecia no ataque. E, aos 42 minutos, abriu o placar porque contou com uma colaboração do time que pena para encontrar um bom centroavante. Marinho cruzou rasteiro da esquerda, e o corintiano Yago, como faria um homem de referência, deu um carrinho e mandou a bola para dentro.
Em desvantagem no placar, o Corinthians voltou a atuar com Romero na direita e Marquinhos Gabriel na esquerda. Naqueles minutos finais de primeiro tempo, contudo, o time já se mostrava tão impaciente quanto a sua torcida. “Se o Corinthians não ganhar, olê, olê, olá! O pau vai quebrar!”, ameaçavam os organizados.
Na tentativa de conter os ânimos em Itaquera, Cristóvão retornou do vestiário com Marlone no lugar de Romero. Deu certo. Aos cinco minutos do segundo tempo, Marlone passou o pé sobre a bola, clareou diante de Diogo Mateus e arriscou o chute forte de longa distância. Marcou um golaço.
A bela jogada de Marlone reanimou a torcida do Corinthians. O ambiente era novamente propício para o time da casa pressionar o adversário. O Vitória, porém, não se intimidou. Após dois minutos, quase retomou a dianteira no marcador. Marinho cortou Elias e levantou a bola na área. Vander cabeceou livre de marcação. Para fora.
O trunfo do Corinthians para ter o controle da partida se resumia a Marlone. Aberto do lado esquerdo, o meia-atacante pouco utilizado por Cristóvão sempre era procurado por seus companheiros para conduzir a equipe ao ataque. Por sua vez, ele buscava Guilherme, que não tinha a mesma intensidade em campo.
Aos 26 minutos, a parceria finalmente resultou em gol para o Corinthians. Marlone recebeu a bola de Guilherme e viu a passagem de Uendel dentro da área. O lateral fez o cruzamento para Marquinhos Gabriel, livre de marcação diante do gol, estufar o peito na hora de completar para a meta.
Foi a vez de Vágner Mancini entrar em ação. O técnico do Vitória trocou Cárdenas, Diogo Mateus e Marcelo por Serginho, Euller e Tiago Real, mas viu o Corinthians ganhar confiança para trocar passes envolventes. No final, Cristóvão resolveu segurar o resultado positivo com a entrada de Cristian na vaga do bastante aplaudido Bruno Henrique.
FICHA TÉCNICA – CORINTHIANS 2 X 1 VITÓRIA
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 22 de agosto de 2016, segunda-feira
Horário: 20 horas (de Brasília)
Árbitro: Bruno Arleu de Araújo (RJ)
Assistentes: Dilbert Pedrosa Moisés (RJ) e Thiago Henrique Neto Correa Farinha (RJ)
Público: 20.207 pagantes (total de 20.473)
Renda: R$ 930.524,00
Cartões amarelos: Balbuena e Fagner (Corinthians); Marinho, Diogo Mateus, Vander e Marcelo (Vitória)
Gols: CORINTHIANS: Marlone, aos 5, e Marquinhos Gabriel, aos 26 minutos do segundo tempo; VITÓRIA: Yago (contra), aos 42 minutos do primeiro tempo
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Yago, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique (Cristian), Romero (Marlone), Rodriguinho, Elias e Marquinhos Gabriel (Giovanni Augusto); Guilherme
Técnico: Cristóvão Borges
VITÓRIA: Fernando Miguel; Diogo Mateus (Euller), Victor Ramos, Kanu e Diego Renan; Willian Farias, Marcelo (Tiago Real) e Cárdenas (Serginho); Vander, Kieza e Marinho
Técnico: Vágner Mancini