25 abril, 2024

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Corinthians define data da eleição e cria regras para evitar compra de votos

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O Corinthians anunciou nesta terça-feira a data da próxima eleição. O presidente do clube no próximo triênio (de 2021 a 2023) e mais 200 conselheiros serão escolhidos no dia 28 de novembro.

Tem direito a voto no Corinthians os associados do clube (diferente do Fiel Torcedor) há mais de cinco anos, que sejam maiores de idade.

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Os detalhes do pleito foram divulgados em documento assinado pelo presidente da Comissão Eleitoral, Romeu Tuma Júnior. Para evitar problemas como o da última eleição, quando houve escândalo de compra de votos (veja mais abaixo), uma série de novas regras foi estabelecida, tais como:

  • Proibição do “pagamento de mensalidades e/ou quitação de valores em atraso de associados por parte de terceiros”. O descumprimento “acarretará em punição aos envolvidos, seja beneficiário ou pagador, inclusive com eventual inelegibilidade em caso de candidatura”;
  • Só será permitido parcelar dívidas em caso de pagamento com cartão de crédito;
  • caso a Diretoria Financeira ou Secretaria do clube emitam boletos paga pagamento à vista de dívidas, as mesmas devem criar mecanismos para assegurar que a quitação será feita pelos próprios sócios e não por terceiros.

Todas as normas do comunicado farão parte de um “Regimento Eleitoral”, a ser divulgado no futuro. O estatuto do clube também já estabelece algumas normas que foram reforçadas no comunicado de Tuma, tais como:

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  • Proibição de concessão de anistia nos 12 meses anteriores a eleição;
  • associados que pretendem votar (e/ou serem votados) precisam estar quites com obrigações estatutárias e financeiras até dois meses antes do pleito (setembro);
  • dívidas em atraso não poderão ser parceladas a partir de três meses antes do pleito (agosto).

Escândalo na eleição passada

A preocupação em coibir a compra de votos antes da eleição de 2020 tem fundamento. Afinal, na eleição passada, realizada em março de 2018, a prática foi denunciada. O escândalo teve relação direta com uma campanha de anistia realizada pelo clube, oferecendo um desconto de 50% na taxa de reativação do título a todos os sócios inadimplentes.

Também recaíram suspeitas sobre o empresário Carlos Leite, que agencia diversos atletas do Timão, como Cássio, Gil e Fagner. Em fevereiro de 2018, a Comissão Eleitoral corintiana pediu que o Ministério Público de São Paulo e a Receita Federal investigassem o agente por haver indícios de que dinheiro dado por ele foi usado para comprar votos.

Em janeiro de 2018, Paulo Garcia teve a candidatura impugnada por conta das denúncias, mas dias depois conseguiu reverter a decisão na Justiça. Em dezembro de 2017, o GloboEsporte.com revelou um áudio no qual o conselheiro e então secretário geral, Antonio Jorge Rachid Júnior, oferecia o pagamento de mensalidades atrasadas de sócios em troca de apoio político.

Rachid confirmou a veracidade da gravação e disse que falava em nome de Paulo Garcia, que era candidato à presidência na época e deve disputar a eleição novamente em novembro.

Na época, Andrés Sanchez disse que a prática de regularizar sócios às vésperas da eleição acontecia há 107 anos no clube e que tinha até efeitos benéficos.

Dois anos após denúncias, a Comissão de Ética e Disciplina do Corinthians decidiu arquivar o processo para apuração e eventual punição dos envolvidos na suposta compra de votos na última eleição do clube, que ocorreu em março de 2018. Membros da oposição corintiana criticam a decisão e dizem que o caso “acaba em pizza”, expressão usada como sinônimo de impunidade.

Candidatos para 2021

Por enquanto, foram lançadas apenas duas candidaturas: a de Paulo Garcia, segundo colocado na última eleição, e de Augusto Melo, que trabalhou no departamento de base do clube no mandato de Roberto de Andrade (2015 – 2018).

Mario Gobbi deve ser o próximo a confirmar sua candidatura à presidência, cargo que ocupou de 2012 a 2015. Também ex-diretor de futebol do Corinthians, Gobbi tem aproveitado o momento de pandemia para fazer live com outros opositores falando sobre um possível retorno, mas ainda não trata publicamente a candidatura como oficial.

O grupo “Renovação e Transparência”, que está no poder desde 2007, ainda não anunciou quem será seu representante no pleito. O favorito é o atual diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves. Recentemente, em entrevista ao GloboEsporte.com, Duílio disse que ainda “não é hora” de falar de eleição.

Sem possibilidade de reeleição, o presidente Andrés Sanchez tem afirmado que se manterá neutro e não fará campanha por nenhum candidato. Isso é visto por opositores como um apoio velado a Paulo Garcia, que tem lhe dado sustentação nas votações do Conselho Deliberativo.

Fonte: G1

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