“A Coreia do Norte tentou testar um novo tipo de míssil não identificado na área de Sinpo, na província de Hamkyong do Sul, mas suspeitamos que o lançamento fracassou”, disse o ministério sul-coreano em um comunicado, acrescentando que o teste está sendo analisado mais detalhadamente.
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O Comando do Pacífico dos Estados Unidos confirmou a informação, dizendo que detectou o lançamento de um míssil perto de Sinpo e que o dispositivo “explodiu quase imediatamente”. O tipo de míssil usado ainda está sendo analisado, segundo o Comando.
“O Comando do Pacífico dos EUA detectou e rastreou o que consideramos que era um míssil norte-coreano lançado às 11h21 na hora do Havaí (18h21, pelo horário de Brasília) de 15 de abril”, informou um porta-voz do Comando, Dave Benham. “O lançamento do míssil balístico ocorreu perto de Sinpo (província de Hamkyong do Sul). O míssil explodiu quase que imediatamente”, acrescentou.
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A tentativa de lançamento de um novo míssil acontece um dia depois que a Coreia do Norte celebrou com um desfile militar o “Dia do Sol”, data do nascimento do líder fundador da dinastia, Kim Il-Sung (15 de abril de 1912 – 8 de Julho de 1994), avô do atual líder norte-coreano, Kim Jong-Un.
Pyongyang utilizou o desfile para uma demonstração de força e enviar uma mensagem a Washington, Seul, Tóquio e demais países sobre as suas capacidades militares. No desfile, foram mostrados tanques e armas que preocupam a comunidade internacional: um total de 56 mísseis de 10 classes diferentes, transportados por reboques e caminhões.
Kim não falou durante a cerimônia, mas o vice-presidente da Comissão dos Assuntos de Estado, segundo na hierarquia do país, fez um discurso desafiador no qual alertou que o país está pronto para reagir a qualquer provocação.
“Estamos prontos para responder a uma guerra total com uma guerra total e estamos prontos para responder com ataques nucleares a qualquer ataque nuclear”, declarou Choe Ryong Hae.
Tensões
O programa nuclear da norte-coreano provoca tensão com os seus vizinhos e com os EUA. No final de semana passado Washington anunciou o envio de um grupo aeronaval americano, incluindo o porta-aviões ‘USS Carl Vinson’, para a península da Coreia.
A Coreia do Norte, por sua vez, denunciou o que chamou de envio “insensato” da Marinha americana e advertiu que Pyongyang está preparado para responder com “a poderosa força das armas” em caso de provocação.
O presidente chinês, Xi Jinping, defendeu nesta quarta uma solução pacífica para a crise, durante uma conversa por telefone com seu homólogo americano, Donald Trump, que havia dito que estava decidido a resolver a questão norte-coreana com ou sem a ajuda da China.
Observadores disseram nesta semana que a Coreia do Norte poderia lançar neste sábado um novo teste nuclear ou balístico, ambos proibidos pela comunidade internacional.
A China, considerada única aliada da Coreia do Norte, advertiu que um “conflito poderia eclodir a qualquer momento” e reiterou que o “diálogo é a única saída”.
E, durante uma conversa telefônica, o ministro das Relações Exteriores chinês Wang Yi afirmou ao seu colega russo Serguei Lavrov, que a China quer cooperar com a Rússia para “apaziguar” o mais rápido possível a tensão em torno da Coreia do Norte.
Pyongyang tem sido alvo de várias resoluções da ONU que procuram impedir o país de adquirir tecnologia nuclear e balística.
O país asiático, que já realizou 5 testes nucleares nos últimos meses, quer desenvolver um míssil intercontinental capaz de atingir os EUA, o que, de acordo com Trump, “não vai acontecer”.
Fonte: Yahoo!