28 março, 2024
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Uma conta de água levou a polícia a um arsenal de fuzis e outras armas que teriam sido usadas no ataque de criminosos contra a sede da empresa de transporte de valores Protege, em Santo André, no ABC, na madrugada de quarta-feira (17). Nove suspeitos foram presos e tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo a polícia, pelo menos outras três pessoas já foram identificadas.
A conta de água foi encontrada em um carro que estava em uma chácara em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, onde a polícia prendeu os suspeitos depois de interceptar ligações telefônicas de um traficante que teria ligado para um dos bandidos. O endereço contido na conta de água levou a polícia a uma casa na Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo. “Encontramos 90% das armas escondidas nesta casa”, diz o delegado Rui Ferraz Fontes, do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc)
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A polícia investiga quem teria passado informações aos bandidos. “Eles tiveram informações internas. Alguém com conhecimento a respeito da rotina da empresa, não sei se é funcionário ou não, que está passando informações para eles.”
A quadrilha desistiu do assalto após algumas explosões no local. De acordo com a polícia, uma das razões para a desistência foi a reação dos vigilantes. “O outro motivo, se eu declinar, eu ensino alguém a comer crimes.”
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Foram apreendidos pelo menos 25 fuzis, sendo dois deles de calibre .50 – arma que pode atingir alvos a mais de seis quilômetros de distância. Também foram apreendidas nove pistolas automáticas, uma granada, 50 carregadores com munições vindas de Israel, 18 coletes à prova de bala, sendo que um deles tinha um símbolo do governo de São Paulo, e cabos pra acionar explosivos. Há a suspeita que parte do armamento tenha vindo do exército de Israel.
O grupo foi indiciado por tentativas de roubo e latrocínio, organização criminosa e porte de arma. De acordo com a polícia, informalmente, já houve confissões. A idade dos nove suspeitos varia entre 20 e 30 anos. Parte deles têm passagem pela polícia.
Dois vigilantes da Protege ficaram feridos quando reagiram ao ataque. A troca de tiros durou cerca de 40 minutos. Os criminosos queimaram veículos que foram usados para bloquear vias e impedir a aproximação da polícia.
Durante a fuga da quadrilha houve perseguição da Polícia Militar (PM), mas ninguém foi preso no início da manhã de quarta-feira.
Sete criminosos foram presos pelo Denarc e dois pelo Deic. Os suspeitos foram identificados, após monitorarem um traficante.”Em um dado momento alguns traficantes cruzaram com essa quadrilha que se especializou em atacar bases de transportadoras de valores e carros fortes”, informou a polícia.
Após acompanhar a movimentação do traficante, o Denarc chegou até o sítio em Itapecerica da Serra, onde foram encontrados os suspeitos e parte do armamento.
Essa medida ajudou a impedir o roubo a Protege, na quarta-feira. Mais de dez seguranças combateram os criminosos usando revólveres calibre 38 e espingardas calibre 12.
Depois de meia hora tentando chegar ao cofre, e de tiroteio e explosões, os ladrões desistiram do roubo.
“O problema desse tipo de ação criminosa, que hoje é a mais preocupante expressão do crime no estado de São Paulo, é praticamente uma ação de terrorismo urbano, porque trabalham com dinamites, fuzis, grandes grupos, atacam de surpresa, causam um grande impacto na vida da população”, disse o coronel aposentado da PM José Vicente da Silva, especialista em segurança. “A diferença em relação à ação terrorista é que o terrorismo vai buscar vítimas. eles vão buscar dinheiro.”
A quadrilha encontrou mais resistência. Havia uma barreira com carros, estacionados em frente ao portão de ferro. Carros fortes estavam atravessados dentro do pátio.
Mesmo com a explosão, os ladrões não conseguiram chegar ao cofre. Depois de meia hora, eles desistiram do roubo e foram embora. A primeira equipe da polícia só chegou aqui dez minutos depois da fuga.
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