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Um cão farejador da Guarda Civil Municipal (GCM) de Vargem Grande do Sul (SP) foi fundamental no desfecho do caso da estudante da Unicamp assassinada com 28 facadas, segundo a Polícia Civil.
O pastor belga malinois Scotty, de 3 anos, ajudou a polícia a chegar ao suspeito que confessou ter matado Mayara Roquetto Valentim em São João da Boa Vista (SP). “Ele pôde guiar a busca policial”, disse o delegado Fabiano Antunes de Almeida nesta quinta-feira (19).
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Após um cerco, Michael Douglas da Silva, de 28 anos, foi preso pela Polícia Civil e o Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) da Polícia Militar de Piracicaba (SP), na manhã de quarta-feira (18).
Ao ser interrogado, o suspeito afirmou que matou a jovem de 23 anos no domingo (15) para roubar o celular dela. Silva, que ainda não tem advogado de defesa, disse ao delegado que se arrependeu. Ele ainda não tem advogado de defesa.
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Cão ‘colocou’ suspeito no local do crime
Silva estava escondido na mata porque no sábado (14) tentou matar uma vizinha na pensão onde ele morava atualmente. A arma, que foi apreendida pela polícia, falhou. A jovem não se feriu.
A Polícia Civil desconfiou do suspeito e conseguiu ligá-lo ao assassinato de Mayara após solicitar o apoio do canil da Guarda Municipal.
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Na segunda-feira (16), os agentes Rogério Bocamino e Charles Rodrigo Cruz foram até São João da Boa Vista e pegaram algumas roupas de Silva na pensão. Depois, levaram Scotty para a área de mata, a cerca de 2,5 km de onde o corpo de Mayara foi encontrado, e deram as roupas do suspeito para o cão cheirar.
“O cachorro sentiu o cheiro da roupa e guiou os guardas e a polícia até o local do assassinato, o que colocou Silva na cena do crime”, disse Bocamino, que é diretor de Segurança e Trânsito de Vargem Grande do Sul e está na GCM há 27 anos.
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Com isso, Silva passou a ser o principal suspeito na morte da jovem. “Nesse caso o cachorro nunca erra. O faro é certeiro e preciso, a gente não teve dúvida de que o rapaz que cometeu a tentativa de homicídio esteve na cena do crime no domingo”, disse o GCM.
O cão Scotty ajudou em algumas incursões na terça-feira (17) a cada nova informação que chegava à polícia. Na quarta pela manhã, um sitiante informou que um funcionário teria visto o suspeito pela região.
O GCM Cruz levou o cachorro que novamente farejou o local onde Silva havia dormido. Lá, encontrou um chinelo que ele usava e uma lona.
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“Aí tivemos a certeza de que ele estava no local, Aí foi feito um cerco ele e foi capturado”, contou Bocamino. Segundo ele, o parceiro chegou a se acidentar. Ao enfiar pé esquerdo em um buraco, rompeu o ligamento e vai precisar ficar ao menos 15 dias afastado do trabalho.
Para o delegado de São João da Boa Vista, o trabalho do canil da GCM foi de grande a importância. “O cão farejador encontrou objetos, o local onde ele [suspeito] estava dormindo. Foi essencial”, disse Almeida.
Parceria no combate ao crime
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De acordo com Bocamino, Scotty está na corporação desde os 45 dias de vida. Além dele, o canil conta com a ajuda de mais três cães, todos da mesma raça.
“É um cão atleta, que não cansa, extremamente inteligente, bom de adestrar. Todas a polícias e GCMs têm optado por essa característica. É bom de faro, no policiamento, e muito bom na busca e captura”, avaliou Bocamino.
Os cães da GCM passam por um treinamento diário, seja de faro, busca e captura ou de obediência.
“Eles são nossos parceiros, a gente não considera eles cachorros, considera eles guardas. Eles são fantásticos, um trabalho indispensável para a GCM tanto no combate ao tráfico de entorpecentes, na busca e captura em local de mata, eles são imprescindíveis”, disse.
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Fonte: G1