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O que um polvo, um panda e um gato têm em comum? Todos foram (ou serão, no caso do gato) animais videntes de resultados da Copa do Mundo. O gato Aquiles, que mora no museu Hermitage, em São Petersburgo, protegendo as obras de ataques de roedores, ganhou o título de vidente oficial da Copa do Mundo da Rússia.
O felino branco com olhos azuis estreou seus poderes no ano passado, na Copa das Confederações, sempre na Rússia, mas ganhou o posto oficial de vidente do Mundial só em março deste ano. De quatro jogos disputados na cidade em que mora, ele acertou três e foi considerado correto em um empate, porque não optou por nenhuma das tigelas de comida marcadas pelas bandeiras dos países rivais.
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Como grandes poderes vêm com grandes responsabilidade, a própria Fifa deu ao gato uma Fan ID, documento que os torcedores vão ter que apresentar na entrada dos estádios com o ingresso. Exceto cães-guia (e agora, o gato Aquiles), nenhum outro animal pode entrar nos ambientes controlados pela organizadora do campeonato.
Tradição
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Aquiles vai dar continuidade ao legado de outros animais famosos por fazerem previsões de vencedores de jogos da Copa do Mundo. A moda esquisita começou com o Polvo Paul, que mantém o posto de maior vidente da Copa do Mundo por acertar o resultado de 12 dos 14 jogos do torneio em 2010, na África do Sul.
O polvo alemão morava em um zoológico em Oberhausen e dava seus palpites escolhendo uma caixa de comida com a bandeira do país que acreditava que seria o vencedor da partida.
Não faltaram explicações de especialistas para o comportamento do oráculo, que variavam de pura sorte a possibilidades de que o polvo se sentia atraído pela aparência ou cheiro de uma caixa em vez da outra. Fato é que poucas previsões tiveram uma taxa de sucesso tão alta quanto a de Paul, que acertou, inclusive, que a Espanha sairia vencedora.

Como Paul morreu pouco tempo depois da Copa de 2010, o posto ficou aberto para 2014, a Copa do Brasil. E houve muitos candidatos: na China, o panda King Mei previu que o Brasil venceria a Croácia em sua estreia no campeonato. A Itália elegeu um papagaio, chamado Amore, que pousou nas mãos do papa Francisco na praça São Pedro, para fazer previsões em rede nacional. Em Tóquio, outro polvo foi consagrado como vidente ao prever a vitória do Japão contra a Costa do Marfim.
Sempre homenageando o pioneiro das previsões, a Prefeitura de Curitiba elegeu a capivara Paul como vidente — embora haja controvérsias se ela fracassou ou não, pois tecnicamente não escolheu Brasil nem Croácia, apenas se posicionou em frente ao gol marcado com a bandeira brasileira. Além deles, outros tantos — cangurus, elefantes, cabras, tartarugas, camelos… — tentaram, mas nenhum foi tão bem sucedido quanto Paul e a modinha não recebeu tanta atenção quanto em 2010.
Agora, toda a expectativa cai sobre Aquiles. Além dos acertos na Copa das Confederações, seus defensores citam outras qualidades do gato que facilitariam o poder de vidência: Aquiles é surdo e castrado, o que evita que ele se distraia e permite que se concentre na importante missão. Mantendo a tradição criada por Paul, as previsões de Aquiles serão feitas no dia da partida, antes de a bola rolar. Desde que ele não preveja outro sete a um, ficamos na torcida.
Assista a Aquiles fazer uma previsão.

Fonte: Galileu