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No árido deserto do noroeste da Arábia Saudita, a Formação Rochosa Al Naslaa desafia a compreensão científica e desperta a curiosidade dos visitantes. Composta por dois grandes blocos de arenito, a estrutura chama a atenção pela fenda que as separa, uma linha quase perfeitamente reta, como se traçada por mãos humanas, divide o que antes foi uma rocha maciça.
Com cerca de 6 metros de altura e 9 metros de largura, os dois blocos simétricos parecem ter sido separados por uma lâmina afiada. A fenda é lisa, o que desafia as explicações mais comuns sobre sua origem. Especialistas acreditam que o fenômeno seja natural, mas a forma exata como ocorreu ainda é um mistério.
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Pesquisadores da Geology Science sugerem que um movimento tectônico súbito pode ter alterado a rocha, no entanto, outras teorias indicam que processos erosivos ao longo de milhares de anos poderiam ter suavizado as arestas da fenda, o que explicaria o corte “perfeito”.
Além da tectônica de placas, que sugere que movimentos da crosta terrestre poderiam ter fraturado a rocha, há a teoria das juntas — fraturas naturais que ocorrem sem deslocamento das rochas. Outra possibilidade, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia em Zurique, é que o congelamento e expansão de água em pequenas rachaduras ao longo de milhares de anos tenha gradualmente ampliado a fissura até que a rocha se partisse em duas.
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Pedestais que desafiam a gravidade
Se a fenda reta não fosse suficiente para tornar Al Naslaa um mistério, os blocos da formação repousam sobre pequenos pedestais naturais, dando a impressão de que estão levitando. Esses pedestais, conhecidos como “rochas de cogumelo”, são formados pela erosão desigual causada por ventos que sopram mais rápido junto ao solo. Ainda que o fenômeno seja relativamente comum no deserto, a combinação com a fenda reta torna esse monumento único.
Além da estrutura geológica incomum, Al Naslaa possui outro elemento de fascínio: os petróglifos. Esculpidos nas superfícies dos blocos, símbolos e imagens retratam cavalos árabes, íbex e figuras humanas. Embora se saiba que essas gravuras têm milhares de anos, a datação precisa e o contexto cultural em que foram criadas ainda são desconhecidos.
Fonte: Época