07 de novembro, 2024

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Conheça a ‘Mamãe Apocalipse’, que foi condenada por matar os filhos nos EUA

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Lori Vallow Daybell, uma americana de 50 anos, foi condenada pela Justiça do estado de Idaho, nos Estados Unidos, a três prisões perpétuas consecutivas na segunda-feira (31) pelas mortes de seus dois filhos e da ex-mulher de seu atual marido.

Lori recebeu o apelido de Mamãe Apocalipse porque ela teria dito que era uma deusa enviada à Terra para iniciar o apocalipse bíblico.

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O marido de Lori, Chad Daybell, será julgado pelos mesmos crimes. Há ainda um outro caso de homicídio, o do ex-marido de Lori, que está tramitando na Justiça de outro estado, o Arizona.

Lori Vallow Daybell foi condenada a três prisões perpétuas consecutivas (Foto: Reprodução)

A morte das crianças

Os dois filhos mais jovens de Lori eram:

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  • Tylee Ryan, uma menina de 16 anos;
  • J.J. Vallow, um menino de 7 anos.

Os dois sumiram em novembro de 2019. Os avós de J.J. tentaram falar com o garoto pelo telefone, não conseguiram e chamaram a polícia.

Depois desse telefonema, agentes da polícia do estado de Idaho foram visitar as duas crianças no apartamento em que Lori morava com o marido. As crianças não estavam lá, e o casal não parecia preocupado com o destino dos meninos.

Em fevereiro de 2020, ela foi presa no Havaí. A Justiça do estado de Idaho tinha emitido um mandado de prisão porque ela não cooperou nas buscas das crianças.

No meio de 2020, a polícia descobriu os corpos enterrados no jardim da casa de Chad, o marido de Lori.

Segundo especialistas, Tylee, a adolescente de 16 anos, foi esfaqueada antes de ser enterrada, e o menino de 7 anos foi asfixiado.

Os promotores afirmam que a mãe usava conceitos da religião dela para justificar as mortes.

Lori Vallow Daybell foi condenada a três prisões perpétuas consecutivas (Foto: Reprodução)

A morte da ex-mulher do marido

Antes de se casar com Lori, Chad Daybell foi o marido de uma outra mulher, Tammy.

Em outubro de 2019, Tammy foi encontrada morta na casa dela. Inicialmente, a polícia achou que ela havia morrido por causas naturais, mas em dezembro o corpo de Tammy foi exumado. A essa altura, a polícia já investigava Lori e Chad pelo sumiço das crianças.

A autópsia do corpo exumado mostrou que Tammy tinha morrido por asfixia. Um mês antes da morte de Tammy, Chad tinha aumentado a indenização do seguro de vida dela.

A morte do ex-marido da Mamãe Apocalipse

Antes de se juntar com Chad, Lori era casada com um outro homem, Charles.

Em julho de 2019, Charles foi assassinado a tiros pelo irmão de Lori no estado do Arizona.

Lori foi acusada na Justiça do Estado do Arizona de participar de fazer parte de uma conspiração para matar Charles.

O casamento dos dois

Lori e Chad se casaram pouco depois dos seus antigos cônjuges morrerem.

A “Mamãe Apocalipse” já tinha falado ao seu ex-marido que acreditava que tinha recebido revelações espirituais e visões pelas quais ela teria que preparar os escolhidos para viver na Nova Jerusalém depois de uma grande guerra que foi profetizada no Livro das Revelações.

Chad, o atual marido dela, escreveu livros com o tema do apocalipse, e os dois são ligados a uma entidade chamada Preparando um Povo, que supostamente tem o objetivo de preparar as pessoas para uma segunda vinda de Jesus Cristo.

Os promotores disseram que ela era uma mãe negligentes que acreditava que estava em uma missão religiosa que, na opinião dela, era mais importante do que cuidar dos próprios filhos.

Lori Vallow Daybell foi condenada a três prisões perpétuas consecutivas (Foto: Reprodução)

O que Mamãe Apocalipse disse na corte

Antes de ouvir a pena, Lori falou no tribunal. Ela citou versos bíblicos a respeito de como as pessoas não devem julgar as outras. Ela disse que também lamentou a morte de seus filhos e de Tammy, mas que todos estariam juntos no Além.

Ela disse que recebe visitas dos espíritos dos filhos e também de sua “amiga eterna” Tammy. Lori também insinuou que esses três não foram assassinados: “Jesus Cristo sabe que ninguém foi assassinado neste caso; mortes acidentais acontecem, suicídios acontecem, efeitos fatais de medicação acontecem”, afirmou.

Lori foi considerada imputável

O julgamento foi adiado para que se discutisse se Lori era imputável ou se não tinha competência mental para entender que estava cometendo homicídios. A promotoria disse que não há nenhuma evidência de que a “alegada doença mental” de Lori tenha tido impacto nos crimes.

Fonte: Agências

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