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Pelo menos 100 pessoas morreram em conflitos envolvendo gangues no Haiti, desde o dia 19 de abril, segundo a imprensa local. Nesta segunda-feira (24), a Reuters informou que 10 suspeitos de participarem desses grupos criminosos foram assassinados pela própria população do país.
A Rede Nacional de Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH) do Haiti publicou um relatório nesta segunda-feira afirmando que ataques armados e massacres contra a população haitiana se intensificaram desde o início do ano.
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O Haiti vive uma onda de violência e forte instabilidade institucional, que se agravaram em 2021 depois do assassinato do presidente Jovenel Moise. Desde então, quadrilhas ultraviolentas tomaram o controle de grande parte do território nacional.
O RNDDH afirmou que o balanço de 100 mortes é referente a um conflito que aconteceu na cidade de Cabaret, a cerca de 30 km da capital Porto Príncipe. O jornal Gazette Haiti afirmou que várias pessoas foram trancadas dentro de casas incendiadas, enquanto outras foram baleadas.
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Já nesta segunda-feira, em Porto Príncipe, 10 supostos integrantes de gangues foram linchados e tiveram os corpos queimados pela população local, em uma onda de revolta, de acordo com a polícia.
O porta-voz da polícia haitiana, Gary Desrosiers, disse que a raiva da população é compreensível, “mas a colaboração que buscamos deve ser feita sem violência”.
A polícia informou que o grupo criminoso que foi morto estava viajando em um carro, na capital, e que os agentes de segurança pretendiam prender os suspeitos.
Apesar disso, os moradores da cidade capturaram o grupo, que foi linchado. Imagens que circulam pelas redes sociais mostram corpos empilhados, cercados de pessoas que gritam de raiva.
O governo do Haiti e as Nações Unidas pediram que a força internacional ajude a polícia haitiana a combater as gangues que dominam o país.
Fonte: Agências