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Nas ruas e praças de Angatuba (SP) é comum encontrar pombos, mas eles têm causado incômodo a alguns comerciantes da cidade, principalmente na rodoviária.
É o caso da Lisandra Dulcine, que tem uma lanchonete e convive com a sujeira das aves diariamente. Ela limpa a calçada do comercio várias vezes, mas sabe que pode perder clientes por causa do número de pombos na região da rodoviária da cidade.
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“Um dia tinha uma cliente que viajaria para São Paulo. Ela estava comendo e, quando foi embora, o pombo fez sujeira no cabelo dela. Ela precisou viajar daquele jeito”, conta.
As pombas montam ninhos em diversos lugares e não se incomodam com o fluxo de carros e pessoas. No entanto, segundo os comerciantes, a população de aves tem aumentado porque há pessoas que as alimentam.
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Nas cidades, os pombos podem viver de três a cinco anos, mas em condições silvestres chegam a 15 anos.
De acordo com a infectologista Tassiana Galvão, as aves se adaptam com facilidade e montam os ninhos em vários lugares. Com abrigo e alimentação conseguem se reproduzir até seis vezes ao ano. No entanto, apesar de ser o animal símbolo da paz, os pombos podem transmitir doenças graves para as pessoas.
A salmonelose e ornitose são doenças causadas por bactérias presentes nas aves, que acontecem pela ingestão de alimentos contaminados com as fezes dos animais.
Já a criptococose, histoplasmose são doenças provocadas por fungos encontrados nas fezes da ave, que se manifestam pela inalação do ar na região contaminada.
“A mais comum para a gente é a criptococose que pegamos através da inalação das fezes dos pombos. Além de dar lesões, agitação, dor de cabeça, náusea e vômito, ela simula a meningite”, conta a infectologista Tassiana Galvão.
Para tentar evitar problemas à saúde é preciso limpar com frequência as área atingidas pelas fezes, evitar varrer, usar desinfetante e água pra umedecer a sujeira, além de utilizar materiais de proteção durante a limpeza.
No entanto, para controlar a população de pombos, o método mais eficaz é evitar alimentá-los.
“Quanto mais alimentar o pombo, mais ele vai ficar aqui perto. Ele vai investir na reprodução e vai aumentar o número de pombos”, afirma o biólogo Victor Zanetti.
A Prefeitura de Angatuba disse que a Secretaria de Obras fez um levantamento dos pontos onde há pombos na rodoviária e informou que um orçamento está sendo feito com uma empresa especializada para fazer a instalação de telas e retirada das aves do local. No entanto, não há um prazo. A prefeitura também afirmou que vai realizar uma campanha para que os comerciantes não alimentem os pombos.
Fonte: G1