18 abril, 2024

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Começa julgamento de ex-presidente do Kosovo por crimes contra a humanidade

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O ex-presidente do Kosovo Hashim Thaçi, acusado de crimes de guerra durante o conflito contra as forças sérvias, se declarou inocente nesta segunda-feira (9) durante sua primeira aparição diante do Tribunal especial da Haia, na Holanda.

“A acusação não tem fundamento, e eu me declaro inocente”, disse Thaçi, 52 anos, ex-chefe do Exército de liberação do Kosovo (ELK) e acusado de crimes de guerra e contra a humanidade, praticados durante a Guerra da Independência (1998 – 1999).

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Thaçi anunciou sua demissão da presidência na quinta-feira (5) e logo após foi transferido ao centro de detenção do Tribunal especial junto a três outros suspeitos: o ex-porta voz do ELK, Jakup Krasniqi, um dos aliados políticos mais próximos do ex-presidente, Kadri Veseli, ex-chefe dos serviços secretos da guerrilha, e uma das figuras mais importantes do ELK, Rexhep Selimi.

Os quatro homens são suspeitos de quase 100 assassinatos, desaparecimentos forçados, perseguições e torturas, atos que teriam sido cometidos entre março de 1998 e setembro de 1999.

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Demissão

No centro da vida pública no Kosovo há duas décadas, Thaçi foi presidente desde 2016, depois de ter sido primeiro-ministro. Ele sempre se disse inocente, acusando a justiça internacional de “reescrever a história” e garantiu que pediria demissão de suas funções caso as denúncias de crime de guerra das quais é alvo fossem confirmadas oficialmente.

A acusação foi publicada em junho pelo Tribunal especial, mas deveria ser validada por um juiz.

Nessa segunda, Krasniqi também compareceu oficialmente pela primeira vez diante da Justiça internacional. Veseli e Selimi farão o mesmo na terça-feira (10) e quarta-feira (11), respectivamente.

As audiências têm o objetivo de garantir “que os direitos do acusado, incluindo uma representação legal, sejam respeitados” e que “entenda as acusações contra ele”, indicou o Tribunal de Haia.

“Guerra justa”

O tribunal especial é composto como uma instância de direito kosovar, com juízes internacionais, e encarregado de investigar os principais crimes cometidos pela guerrilha durante e após o conflito de 1998-1999, principalmente contra sérvios, a minoria rom e oponentes kosovares à guerrilha.

A maioria dos habitantes do Kosovo, território que declarou sua independência em 2008, mas que nunca foi reconhecida pela Sérvia, considera o conflito como uma “guerra justa”, contra as forças de Belgrado.

A guerra do Kosovo, que opôs forças sérvias e a guerrilha independentista kosovar-albanesa, fez mais de 13 mil mortos, a maioria do campo dos separatistas. O conflito terminou quando uma campanha ocidental de ataques aéreos, no segundo trimestre de 1999, obrigou as forças sérvias a se retirarem.

Fonte: Yahoo!

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