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Um comboio com 15 caminhões de combustíveis e botijões de gás passou pelo Centro-Oeste Paulista nesta quarta-feira (30) quando os pontos de concentração de caminhoneiros estavam sendo liberados na região.
Os veículos saíram da refinaria de Paulínia, na região de Campinas escoltados pelo exército. Durante o trajeto, bases com homens do Exército foram montadas pra garantir a segurança da operação.
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Em Bauru, os caminhões passaram pela Rodovia Marechal Rondon. Quatro veículos com gás abasteceram a cidade. E o restante do comboio, segundo a Polícia Rodoviária, seguiu pra região de Marília.
Caminhoneiros deixam pontos de concentração no Centro-Oeste Paulista
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Nesta quinta-feira (31) não há mais pontos de protesto e concentração de caminhoneiros nas rodovias do Centro-Oeste Paulista e os caminhões circulam normalmente. A partir deste feriado Corpus Christi já está em vigor uma das reivindicações dos caminhoneiros que era a suspensão da cobrança de pedágio por eixo suspenso.
A Polícia Rodoviária também suspendeu a restrição de circulação de caminhões da malha viária Paulista até o dia 3 de junho, visando a normalidade do abastecimento de produtos. A suspensão foi acordada pelo policiamento, Artesp e DER.
Padarias e restaurantes de Marília ainda sentem os reflexos do desabastecimento
Reflexos
Apesar da liberação das rodovias e a volta da circulação dos caminhões, vários setores ainda sentem os reflexos da greve. Em Marília, padarias e restaurantes sofrem com a falta do gás de cozinha e também produtos como a farinha, o que tem prejudicado a produção de pães e bolo.
Em uma das padarias, que opera com quatro botijões de gás, apenas um deles está cheio e normalmente durante a manhã são utilizados os dois fornos da padaria e nesta quinta-feira apenas um está funcionando. Segundo o dono do estabelecimento, o gás só dá para mais um dia.
“Faz uma semana que estou sem receber o gás de cozinha, então o que tem ainda é só para hoje e a previsão é de que entreguem o gás até domingo”, conta Marcelo Aparecido da Silva.
Padaria está funcionando com apenas um botijão de gás em Marília (Foto: TV TEM / Reprodução )
Ainda segundo o dono da padaria, ele teve que adaptar a receita do pão francês com outra farinha porque a que usa normalmente não está sendo entregue há uma semana. Marcelo conta que o movimento na padaria também caiu cerca de 15% durante a greve. Ainda na cidade, um restaurante fechou as portas por falta de abastecimento.
O problema do gás de cozinha se repete em outras cidades da região. Em Bauru, a maioria das distribuidoras está com botijões vazios e tem algumas vendendo o pouco que tem por R$ 120, valor muito acima dos R$ 69 encontrado normalmente antes da greve.
Em Botucatu, moradores fizeram fila para garantir o botijão a R$ 49,99 em uma das distribuidoras do produto que fez uma promoção na quarta-feira.
Em Bauru, a Ceasa/Ceagesp começou a receber produtos nesta quinta-feira. Pela manhã, caminhões com carga de tomates e também batatas fizeram o descarregamento dos produtos. Uma cena que não se via desde o início da greve há dez dias.
Fonte: G1