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Com a vazão do Rio Piracicaba abaixo da média, plantas aquáticas se reproduzem com facilidade e o trecho na Ponte do Mirante, em Piracicaba (SP), ficou tomado por aguapés. Esse excesso mostra um desequilíbrio ecológico, de acordo com especialistas em meio ambiente.
Segundo o Departamento de Água e Energia Elétrica do estado, o nível do Rio Piracicaba nesta quinta-feira (9) está em 93 centímetros e a vazão está em 15 metros cúbicos por segundo, ou seja, 73% abaixo para a média histórica de setembro. O valor ideal para o mês é 57 metros cúbicos por segundo.
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Segundo especialistas em meio ambiente, por conta do período de estiagem as águas do rio estão lentas e, com isso, as plantas aquáticas conseguem se desenvolver. Elas crescem normalmente em locais de águas mais paradas, como lagos e áreas de brejos, além da poluição.
Isso favorece para o desenvolvimento das plantas por conta da grande quantidade de nutrientes que fertiliza a água e promove o rápido crescimento delas.
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Mesmo com o nível baixo, o Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de Piracicaba informou que não houve reflexo na captação de água para abastecimento. Cerca de 10% do abastecimento da cidade é desse manancial.
Ainda assim, a autarquia orienta que a população economize água por causa da falta de chuva nos últimos meses.
Segundo o gestor ambiental Charles Albert Medeiros, as plantas em grande quantidade são por conta de vários fatores. “Um deles, por exemplo, é que com a menor quantidade de água presente no rio, você tem uma maior quantidade de matéria orgânica na água […] Com isso as plantas conseguem ter mais nutrientes pra se desenvolver. Então é por isso que elas acabam crescendo em comunidades cada vez maiores”, explicou.
A ação do homem também influencia nessa dinâmica e, segundo ele, quando o período de chuvas retornar e as pedras ficarem submersas novamente, os aguapés tendem a sumir.
Fonte: G1 – Foto: Edijan Del Santo/EPTV