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O novo relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, divulgado na terça-feira (18), revela um mapa urbano em transformação e nele São Paulo aparece apenas na 13ª posição entre as áreas metropolitanas mais populosas do planeta, com 18,9 milhões de habitantes. A liderança agora pertence a Jacarta, que alcançou 41,9 milhões de moradores e assumiu o topo do ranking mundial.
O levantamento mostra ainda que Daca, capital de Bangladesh, ocupa o segundo lugar, com 36,6 milhões de habitantes, seguida por Tóquio (33,4 milhões), Nova Délhi (30,2 milhões) e Xangai (29,6 milhões). Trata-se de uma reviravolta histórica: Tóquio, que por muitos anos era considerada a maior cidade do mundo, perdeu espaço devido ao crescimento populacional mais lento ao longo das últimas décadas.
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O peso de São Paulo
A queda da capital paulista no ranking contrasta com sua relevância econômica. Segundo a Forbes, São Paulo segue como o principal centro financeiro da América Latina e, no continente americano, fica atrás apenas de Nova York e Los Angeles. Em 1995, a metrópole brasileira chegou a ocupar o terceiro lugar global, com 16,1 milhões de habitantes. O desempenho do PIB regional demonstra a força de setores como serviços, tecnologia, indústria e finanças, que sustentam a presença de grandes empresas nacionais e multinacionais.
Enquanto isso, Jacarta vive o paradoxo entre o crescimento demográfico e os riscos ambientais que enfrenta. Construída sobre terreno pantanoso e cortada por 13 rios, a cidade já tem quase metade do território abaixo do nível do mar. Segundo o The Sun, a zona norte afundou 2,5 metros na última década, e o solo pode ceder até 25 centímetros por ano — mais que o dobro da média de outras megacidades costeiras. O pesquisador Heri Andreas, do Instituto de Tecnologia de Bandung, alerta que até 2050, 95% dessa área pode ficar submersa.
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O relatório também projeta que, até 2050, mais quatro cidades ultrapassarão a marca de 10 milhões de habitantes: Adis Abeba, Dar es Salaam, Kuala Lumpur e Hajipur. Em paralelo, algumas grandes metrópoles, como Cidade do México e Chengdu, vivem tendência de redução populacional. A ONU reforça que a urbanização segue acelerada: 45% da população mundial de 8,2 bilhões vive hoje em cidades — percentual que era de 20% em 1950 — e esse crescimento deve se concentrar majoritariamente em áreas urbanas nas próximas décadas.
Para além das gigantes, o número de cidades de pequeno e médio porte cresce ainda mais rápido. Atualmente, cerca de 12 mil centros urbanos existem no mundo, e 96% têm menos de um milhão de habitantes. A ONU prevê que esse número ultrapasse 15 mil até 2050.
Fonte: G1 – Foto: Pexels