28 março, 2024

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Com chuvas abaixo do esperado pelo sexto mês consecutivo, vazão do Rio Piracicaba fica 73% menor do que média para junho

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A vazão do Rio Piracicaba (SP) nesta quarta-feira (16) está 73,48% abaixo da média histórica esperada para o mês de junho. O dado reflete a quantidade de chuvas menor que o esperado desde janeiro deste ano.

Os números são da Sala de Situação do Consórcio das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

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De acordo com o boletim diário desta quarta, a vazão do manancial estava em 23,85 metros cúbicos por segundo, sendo que a média é de 89,93.

Já em relação ao nível, o Rio Piracicaba estava com 1,11 metros de profundidade às 7h desta quarta. A média histórica para junho é de 1,72 metros, conforme o PCJ. Ou seja, o nível atual está 35,49% abaixo.

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Com o nível e a vazão abaixo do ideal, o cenário visível pela Rua do Porto e pelo Mirante, pontos turísticos de Piracicaba, é de muitas pedras aparentes.

Chuvas abaixo da média

A vazão e o nível do manancial menor do que a média refletem a quantidade de chuvas registrada desde janeiro de 2021. Em todos os meses até agora, a precipitação foi menor do que o esperado.

Foram 198 milímetros de chuva em janeiro, que representa 84,6% da média histórica de 234,02 milímetros.

O quadro é parecido em fevereiro, 68,9% da média, e em março, com 45,5%. Em abril o cenário foi ainda mais seco e foram registrados 22,5 milímetros de chuva, sendo que a média para o mês é 84,88, ou seja, choveu apenas 26,5%.

Em maio foram 25,75 milímetros de chuva, sendo que a média é 53,75. A precipitação nos 15 primeiros dias de junho é de 6,75 milímetros e a média é 57, ou seja, choveu 11,8% do esperado.

Consequências na agricultura

Com a chuva abaixo da média, a agricultura da região sofre impactos. Conforme o professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Fábio Marin, que conversou com o G1 em maio, esses impactos já começaram a ser sentidos no início da safra de cana de açúcar.

Na época, Marin disse que a safra de abril a maio caiu de 5% a 10%. O quadro não é irreversível, informou, mas o ideal seria que os próximos meses tivessem chuvas acima da média, para “compensar” os anteriores.

Segundo Marin, é necessário que haja essa recomposição, pois se mantiver na mesma tendência, o cenário pode trazer um impacto negativo ainda maior na próxima etapa da safra.

Sistema Cantareira

No início do mês, os Comitês PCJ passaram a fazer a gestão da vazão do Sistema Cantareira. A medida foi tomada porque algumas cidades das regiões de Piracicaba e Campinas estavam em estado de atenção por conta da estiagem.

As chuvas que reabastecem os mananciais e aquíferos da região não têm sido suficientes nos últimos meses. Com isso, 19 municípios das Bacias PCJ – que totalizam cerca de 3,5 milhões de habitantes – podem contar diretamente com a água acumulada nos reservatórios do Sistema Cantareira.

Com isso, o PCJ iniciou a gestão do chamado “período seco”, para garantir condições mínimas nos rios. Esse controle é feito diariamente até 30 de novembro.

Fonte: G1 – Foto: Edijan Del Santo/EPTV

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