07 de outubro, 2024

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Com CBHb em crise, Brasil pode ficar de fora dos Mundiais de Beach Handball

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A crise na Confederação Brasileira de Handebol (CBHb) só aumenta. Em abril, a entidade perdeu o patrocínio do Banco do Brasil no valor de R$ 15,5 milhões entre 2016 e 2018 e agora, pouco mais de dois meses depois, pode ver as seleções brasileiras masculinas e femininas fora do Mundial de Beach Handball em Kazan, na Rússia.

O torneio começa no dia 24 deste mês e até o momento a modalidade, que não terá apoio financeiro da CBHb, não conseguiu as 27 passagens para atletas e comissão técnica, orçadas em cerca de R$ 190 mil. No ano passado, os times do país viveram problema parecido para os Jogos Mundiais, na Polônia. Fizeram vaquinhas, conseguiram viajar e conquistaram o título. Caso o Brasil não dispute a competição, a CBHb pode ser multada e as seleções podem ser suspensas de futuras competições.

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O handebol de areia não é modalidade olímpica, mas ganhou força nos últimos anos. Fará parte, por exemplo, dos Jogos Olímpicos da Juventude, em Buenos Aires, este ano, e pode entrar no programa dos Jogos Sul-Americanos de Praia, em 2019. O basquete 3×3 fez caminho parecido e logo depois de ser jogado nas Olimpíadas da Juventude, fará parte do programa de Tóquio 2020. A crise na CBHb começou logo após a Olimpíada do Rio, com racha político após a reeleição de Manoel Luiz Oliveira. Em 2017, o Correios diminuiu drasticamente seus repasses a entidade, caindo para apenas R$ 1,6 milhão em 2018. O dinheiro da Lei Agnelo Piva, cerca de R$ 2,5 milhões, está completamente comprometida para este ano.

Sem conseguiu apoio financeiro da CBHb para a viagem, os atletas do handebol de areia e a entidade entraram em contato com o Comitê Olímpico do Brasil. O COB mostrou-se solidário, mas lembrou que não poderia auxiliar por ser impedido de investir em modalidades que não fazem parte do programa olímpico. Porém, lembrou que auxiliou o esporte com recursos extraordinários no valor de R$ 1.295 milhão para o pagamento das equipes técnicas masculinas e femininas e mais R$ 300 mil para o envio dos dois naipes para os Jogos Sul-Americanos. Por fim, ainda aprovou outro recurso extraordinário de R$ 493 mil para que a seleção feminina júnior jogasse o Mundial.

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– A situação de hoje é que temos 12 passagens e estamos tentando mais 12. Sempre estamos buscando parceiros para cobrir os custos que em média são de R$ 450 mil para sa duas seleções incluindo passagens e demais despesas. Temos a necessidade de 12 passagens ou até de oito, já que está ocorrendo uma reunião em São Paulo com um parceiro em potencial, mas o cenário econômico do país é o pior possível – disse Ricardo Luiz de Souza, presidente em exercício da CBHb.

Meninas também podem ficar de fora de Mundial (Fotos: Divulgação/IHF)

Com o prazo pequeno – os atletas precisam embarcar no dia 20 de julho – as comissões técnicas e jogadores buscam parcerias com empresas. Neste momento, uma passagem para Kazan, na Rússia, sai entre R$ 6,5 mil e R$ 7 mil. São necessárias 27 passagens, em orçamento próximo de R$ 190 mil. Em ato de necessidade, a CBHb e atletas entraram em contato com a Federação Internacional de Handebol (IHF) e conseguiram hospedagem e alimentação bancadas pela entidade.

Em abril deste ano, além da perda do patrocínio do Banco do Brasil, a Justiça Federal ordenou que Manoel Luiz de Oliveira fosse afastado do cargo por uso indevido de verbas que chegam a R$ 21 milhões em convênios com o Ministério do Esporte. Neste momento, Ricardo Luiz de Souza é o presidente em exercício da CBHb e foi quem assinou o ofício pedindo auxílio ao COB.

Fonte: G1

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