16 de novembro, 2024

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Com casos de Covid-19 em alta, HC de Bauru seguirá aberto como hospital de campanha

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A novela em que se transformou a permanência ou não em funcionamento do Hospital das Clínicas de Bauru (SP), instalado no “predião” do Centrinho, ganhou nesta semana mais um capítulo com o anúncio feito pela direção da Famesp, na sexta-feira (27), de que o governo resolveu prorrogar o convênio, que terminaria no fim deste ano.

O HC de Bauru, ligado à Universidade de São Paulo (USP), foi inaugurado no último dia 1º julho como hospital de campanha, na verdade apenas uma extensão do Hospital Estadual para os casos menos graves de pessoas com Covid-19.

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A polêmica sobre a permanência ou não do HC em funcionamento na cidade teve início no dia 8 de outubro quando o governador João Doria (PSDB) afirmou, em entrevista à TV TEM durante visita a Bauru, que o HC não seria fechado após a pandemia.

Segundo Doria, o HC seguiria aberto como hospital de referência para os 68 municípios da região. A afirmação foi feita no mesmo dia em que a Justiça condenou o estado para abrir 20 novos leitos no HC de Bauru.

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Na última terça-feira (24), porém, funcionários contratados temporariamente pela Famesp para operar o hospital de campanha informaram sobre a chegada de comunicados sobre a rescisão dos contratos, visando justamente o fim das operações.

A decisão gerou duras críticas do Ministério Público da Saúde de Bauru, de que, ao contrário do que prometera o governador, era incerta a permanência do HC em funcionamento na cidade.

Logo em seguida, a Famesp informou via assessoria de imprensa que o HC fecharia suas atividades na próxima segunda-feira (30), como início do processo de desligamento dos funcionários para que tudo estivesse encerrado até o dia 31 de dezembro, prazo inicial do convênio.

Antônio Rugolo Júnior, presidente da Famesp, disse que convênio será prorrogado — Foto: TV TEM/Reprodução
Antônio Rugolo Júnior, presidente da Famesp, disse que convênio será prorrogado (Foto: TV TEM/Reprodução)

Na sexta-feira, porém, uma nova reviravolta surgiu depois que Antônio Rugolo Júnior, presidente da Famesp, informou que, devido à tendência de alta nos casos de Covid-19 em todo o estado, o governo de SP decidiu prorrogar, ainda por tempo indeterminado, o convênio para manutenção do hospital de campanha.

“Por conta da segunda onda, o governo determinou que não se feche [o hospital de campanha]. Para isso, será assinado um aditivo no prazo de convênio, mas com data ainda indefinida, pode ser até março. Isso não está decidido ainda, será em função da segunda onda de Covid”, explicou Rugolo Júnior.

Em relação à promessa do governador João Doria de que o HC seria mantido após a pandemia para outros atendimentos clínicos e ambulatoriais, o presidente da Famesp disse não ter essa informação. Ele destacou, no entanto, que isso não seria possível com o quadro atual de funcionários, que foram contratados temporariamente.

HC foi inaugurado como hospital de campanha para casos de Covid-19 com 40 leitos — Foto: TV TEM/Reprodução
HC foi inaugurado como hospital de campanha para casos de Covid-19 com 40 leitos (Foto: TV TEM/Reprodução)

O custo para abertura da unidade foi estimado em R$ 3 milhões, além de R$ 1,2 milhão de custo mensal. Recentemente, o número de leitos caiu pela metade e, agora, são apenas 20 para casos de coronavírus.

Segundo a Famesp, esse número será mantido, porque vem sendo suficiente atualmente, mas que poderá reavaliar de acordo com o avanço da demanda de novos casos.

Na Justiça

A 1ª Vara da Fazenda Pública havia acolhido na sexta-feira um pedido do promotor de Saúde de Bauru, Enilson Komono, e determinado que o estado, a Famesp e o município de Bauru se manifestassem em 48 horas sobre o fechamento do HC de Bauru.

No pedido feito pelo promotor, foi apontado que, no último dia 8 de outubro de 2020, o governador esteve na cidade e anunciou oficialmente que o Hospital das Clínicas continuaria aberto após a pandemia.

Além disso, com a informação do fechamento do HC, independente do prazo, haveria um descumprimento de decisão judicial que determina o fornecimento de leitos de UTI no Hospital das Clínicas.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde disse que ainda não foi notificada, mas está à disposição do MP para prestar os esclarecimentos necessários. Famesp e prefeitura ainda não se manifestaram.

Fonte: G1 – Foto: TV TEM/Reprodução

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