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A alta expressiva no número de casos de dengue em Botucatu (SP) fez aumentar também a busca por atendimento no Centro Municipal de Hidratação.
Até segunda-feira (18), a cidade registrou 3.638 casos da doença em 2024. No ano passado, durante o mesmo período, foram apenas 40 casos confirmados, uma diferença de quase 9.000%. Neste ano, durante o período, houve também a confirmação de uma morte pela doença, o que não ocorreu no ano passado.
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O Centro Municipal de Hidratação, localizado na Rua João Passos, conta com 20 leitos e funciona 24 horas por dia. O local foi montado exclusivamente para tratar pessoas com dengue, mas o paciente só poderá ficar internado no local com uma indicação médica.
Por isso, o centro não funciona de “porta aberta”, como é uma UBS ou UPA. A pessoa doente de dengue será encaminhada por um médico do pronto-socorro ou das unidades de saúde.
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Ponto de hidratação para pessoas com sintomas de dengue começa a funcionar em Botucatu
De acordo com a prefeitura, a ação faz parte do plano de contingência municipal contra a dengue e tem como objetivo ampliar o atendimento a moradores com suspeita da doença.
Além do novo espaço, toda a rede pública de saúde, como UBSs, UPAs e hospitais, seguem atendimento normalmente, inclusive com a aplicação de testes quando necessário.
Alta no número de casos de dengue tem preocupado prefeituras do estado de SP — Foto: Divulgação/SES
Por que a hidratação é importante?
Não existe um medicamento específico para a doença. A medicação serve basicamente para aliviar as dores.
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos.
sso ajuda a evitar o risco de choque hipovolêmico e até mesmo um quadro mais sério, como a morte. Se o médico observa no hospital que o paciente não vai conseguir beber a quantidade adequada de água por algum motivo, ele deve colocar o soro fisiológico imediatamente para ajudar a evitar a desidratação.
Bebidas alcoólicas, diuréticas ou gaseificadas, como refrigerantes, devem ser evitadas.
O que é a dengue?
Considerada pelo Ministério da Saúde (MinSaúde) como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil, a dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti.
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 – todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém, as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Principais sintomas
- Febre alta > 38°C;
- Dor no corpo e articulações;
- Dor atrás dos olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
A infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadro leve. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Segundo o Ministério da Saúde, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Além da dengue, o Aedes aegypti também pode transmitir o zika vírus e a chikungunya.
Cuidados necessários
- Não deixar água parada;
- Usar telas em janelas;
- Prevenir a proliferação do mosquito;
- Descartar pneus velhos no local correto;
- Colocar areia até a borda dos pratinhos das plantas;
- Manter as calhas sempre desobstruídas;
- Deixar a caixa-d’água sempre fechada e limpa.
Fonte: G1