08 de setembro, 2025

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Colômbia estuda liberar caça comercial de capivaras

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capivara, maior roedor do mundo e espécie símbolo de simpatia entre os animais silvestres, está no centro de um novo debate na Colômbia. O governo discute a possibilidade de autorizar a caça comercial do animal, prática que divide opiniões entre cientistas e ativistas ambientais.

De um lado, pesquisadores defendem que a caça controlada poderia trazer benefícios econômicos para comunidades locais e ajudar a reduzir a caça ilegal. Segundo estudos, permitir a exploração de até 10% da população de capivaras não impactaria a espécie, que apresenta alta taxa de reprodução. Além disso, chefs renomados já demonstraram interesse em incluir a carne do roedor em seus cardápios, o que abriria um mercado alternativo.

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Do outro lado, ambientalistas e defensores dos direitos animais classificam a proposta como desnecessária e cruel. Para eles, o maior risco à sobrevivência da espécie está na rápida transformação de Orinoquia, região de savanas alagadas que abriga a maior população de capivaras no país. A área, que hoje responde por mais da metade da produção de arroz da Colômbia, vem sofrendo com desmatamento, poluição dos rios e perda de biodiversidade devido à expansão agrícola.

“A discussão não deveria ser sobre matar ou não matar capivaras, mas sim sobre como recuperar e proteger seu habitat natural”, afirma a senadora Andrea Padilla, do Partido Verde para o El País.

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Já o biólogo Hugo López Arévalo, da Universidade Nacional da Colômbia, defende que a caça regulamentada poderia até reduzir conflitos entre agricultores e os animais, que frequentemente invadem plantações.

“Se enrolarmos na discussão, e não levarmos em conta que em alguns lugares há populações abundantes, veremos como a capivara vai desaparecer por causa das plantações de arroz ou porque as pessoas as mataram porque viraram uma praga”, afirmou Arévalo.

Apesar das divergências, há um consenso: a capivara está cada vez mais vulnerável diante do avanço da agroindústria, em especial da rizicultura, e da falta de políticas públicas para proteger os ecossistemas alagadiços que garantem sua sobrevivência.

Fonte: Um Só Planeta

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