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Após o escândalo que rendeu a prisão de Carlos Arthur Nuzman, o Comitê Olímpico Internacional retirou parcialmente a suspensão imposta ao Comitê Olímpico Brasileiro no dia 6 de outubro. Nesta terça-feira, a entidade nacional divulgou uma nota através de seu site confirmando a decisão tomada pelo órgão máximo dos esportes olímpicos no mundo.
Desta forma, o COB poderá retomar seu assento nas assembleias da Associação Comitês Olímpicos Nacionais, podendo participar de um encontro entre 206 comitês olímpicos do mundo a partir desta quarta-feira. A reunião, organizada também pela Organização Pan-Americana do Esporte (PASO), será sediada em Praga, capital da República Tcheca.
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O encontro da Acno e da Paso terá, entre outras pautas, a ratificação da escolha da sede dos Jogos Pan-Americanos de 2023, que tem Santiago, do Chile, como única concorrente. Com a permissão do COI, o COB fica apto a participar da eleição.
O Comitê Brasileiro utilizou a publicação de seu site para divulgar o documento referente à decisão do Comitê Internacional, em que foi elogiada pelo órgão presidido por Thomas Bach. Apesar de reiterar que a reintegração completa da entidade do Brasil ainda não aconteceu, o dirigente ressaltou a cooperação e as mudanças que ocorreram após ser deflagrada a operação Unfair Play (jogo sujo, em português).
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“Agradecemos ao COI pelo reconhecimento das nossas ações até o momento. Continuamos trabalhando firme para conseguir, em um curto espaço de tempo, a conformidade total, através de medidas direcionadas pela austeridade, transparência e mérito”, apontou Paulo Wanderley Teixeira, que assumiu a presidência do COB após Nuzman renunciar ao cargo.
O Caso
No dia 5 de outubro deste ano foi deflagrada a operação Unfair Play da Polícia Federal, que investiga o pagamento de subornos para a escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Nesta data, o então presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e o diretor geral do comitê da Rio 2016, Leonardo Gryner, foram detidos.
A reação do COI se deu no dia seguinte, quando suspendeu tanto Nuzman quanto o Comitê Brasileiro de todas as suas respectivas funções. Apesar de manter a bolsa olímpica para atletas brasileiros, a entidade internacional cortou todos os subsídios e pagamentos à associação nacional.
Logo após o episódio, Nuzman anunciou o afastamento das funções de presidente do COB e, posteriormente, sua renúncia definitiva do cargo. O ex-dirigente permaneceu preso até o dia 19 de outubro, quando teve o pedido de habeas corpus de sua defesa aceito pelo Supremo Tribunal Federal. Ele segue sendo investigado pela suspeita de encabeçar um esquema que comprou o favorecimento da escolha do Rio como sede olímpica em 2009.
Fonte: Yahoo