03 de março, 2025

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“Cofre do Fim do Mundo” receberá mais de 14 mil novas sementes em meio a crises globais

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O Svalbard Global Seed Vault, conhecido como o “Cofre do Fim do Mundo”, receberá nesta terça-feira (25) 14.022 novas amostras de sementes de 21 bancos de genes, reforçando sua missão de preservar a biodiversidade agrícola. Apoiado pela organização internacional Crop Trust, o cofre foi lançado em 2008 como um backup para os bancos genéticos do mundo que armazenam o código genético de milhares de espécies de plantas. Ele fica no interior de uma montanha na Noruega e está preparado para resistir a desastres que vão desde guerras nucleares até as consequencias do aquecimento global.

Dentre as novas amostras de sementes estão 15 espécies do Sudão, incluindo muitas variedades de sorgo. A planta cultivada por milhares de anos no país marcado por guerras civis é uma tábua de salvação para a segurança alimentar local, pois sua capacidade de suportar a seca a torna crucial para a adaptação às mudanças climáticas.

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“No Sudão, onde o conflito deslocou mais de oito milhões de pessoas e interrompeu a agricultura, essas sementes representam esperança”, afirmou Ali Babikar, diretor do Centro de Pesquisa e Conservação de Recursos Genéticos de Plantas Agrícolas do Sudão (APGRC), em comunicado. “Ao salvaguardar essa diversidade em Svalbard, estamos preservando opções para um futuro resiliente e com segurança alimentar, independentemente dos desafios que enfrentamos.”

Svalbard Global Seed Vault, na Noruega (Foto: Um Só Planeta)

O Brasil, anfitrião da COP30 – que acontecerá em novembro em Belém, no Pará – é mais uma nação a fazer o seu depósito, de uma grande coleção de mais de 3.000 variedades de arroz, feijão e milho.

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Também serão depositadas no Svalbard Global Seed Vault os chamados “feijões de veludo” do Malawi, que dão suporte à agricultura sustentável e à medicina tradicional.

“A diversidade de culturas reduz o risco de crises alimentares em níveis local, regional, sub-regional e global”, apontou Nolipher Mponya, cientista de pesquisa agrícola que trabalha para o governo do Malawi. “Ao conservar a diversidade de culturas, estamos protegendo o futuro dos nossos alimentos. Também estamos mantendo os genes para melhoria de culturas, alimentação e habitat para polinizadores e garantindo os benefícios diretos e indiretos de saúde e econômicos dessas culturas.”

Fonte: Um Só Planeta

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