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A maior empresa de refrigerantes do mundo quer pagar US$ 1 milhão para quem resolver um de seus maiores problemas: o açúcar. No início do mês, a Coca-Cola propôs um desafio a cientistas que nenhuma empresa conseguiu solucionar até agora, o de encontrar uma substância natural, segura e de baixa caloria que possa substituir o açúcar em alimentos e bebidas. Não pode ser a base de estévia ou fruta-dos-monges e nem ser extraída de alguma espécie de planta protegida. A hercúlea tarefa, sem dúvidas, é um dos maiores desafios da indústria de alimentos – que movimenta US$ 4,8 trilhões.
“Eu acho que [o prêmio de US$ 1 milhão] é barato”, afirmou Ross Colbert, analista do setor de bebidas do Rabobank ao Quartz. “Eu acho que quem encontrar a solução pode ganhar mais que isso.”
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É claro que, quando uma empresa global que vale bilhões de dólares recorre a um concurso público para encontrar um substituto para o açúcar, isso diz muito sobre a condição do mercado de bebidas nos Estados Unidos. Atualmente, as pessoas bebem 19% menos refrigerantes do que consumiam há 15 anos – parcialmente por preocupações com a saúde.
As empresas estão cada vez mais desesperadas para encontrar um substituto para seus ingredientes mais controversos. As tendências de vendas mostram que os consumidores estão preocupados com a relação do açúcar com doenças crônicas, como diabetes, e começaram a buscar opções de bebidas mais saudáveis, como chás. Há também movimentos que pedem o aumento de impostos sobre os refrigerantes em várias cidades nos Estados Unidos.
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Algumas alternativas já foram testadas, principalmente em refrigerantes diet, mas as companhias não encontraram nenhum ingrediente que replique o açúcar. A Pepsi tentou usar a sacarina na Pepsi Diet, mas trocou a substância em 1984 pelo aspartame. Quando os consumidores passaram a reclamar da falta de ingredientes naturais, a empresa decidiu trocar o aspartame pela sucralose. Isso mudou o sabor da bebida e, em 2016, a empresa mudou de curso e voltou a usar o aspartame. Há também o extrato de estévia, que funciona bem para algumas bebidas, especialmente para refrigerantes de limão. Mas quando usado na Coca-Cola, deixa um gosto ruim na boca.
Fonte: Época