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A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou hoje (4) uma mensagem pedindo que os católicos brasileiros intensifiquem a mobilização no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika.
De acordo com o texto, a infecção por Zika merece atenção especial por sua provável ligação com o aumento de casos de microcefalia registrados no país. A entidade lembrou que a “gravidade da situação” levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar emergência em saúde pública de importância internacional.
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“O estado de alerta, contudo, não deve nos levar ao pânico, como se estivéssemos diante de uma situação invencível, apesar de sua extrema gravidade”, reforçou o comunicado.
Ainda por meio de nota, a CNBB cobrou que seja garantida, com urgência, a assistência aos atingidos por todas as enfermidades em questão, sobretudo crianças que nascem com microcefalia e suas famílias. “A saúde, dom e direito de todos, deve ser assegurada, em primeiro lugar, pelos gestores públicos”.
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O compromisso do cidadão, segundo o texto, também é considerado pela CNBB como indispensável na tarefa de erradicar um mal que desafia as instituições brasileiras. O princípio de tudo, de acordo com a entidade, deve ser a educação e a corresponsabilidade.
“Vamos fazer chegar à toda a Igreja essa mensagem”, disse o presidente da CNBB, dom Sérgio da Rocha, ao lembrar que a própria campanha da fraternidade deste ano, a ser lançada na próxima semana, trata do saneamento básico no país. “Sem uma eficaz política nacional de saneamento básico, fica comprometido todo o esforço de combate ao Aedes aegypti.”
A mensagem será entregue na tarde de hoje à presidenta Dilma Rousseff, com quem dom Sérgio da Rocha se reúne às 16h30, no Palácio do Planalto. O encontro ocorre após convite da própria Presidência da República. “Sentimos que é importante dialogar sobre isso com o governo federal”, disse o presidente da CNBB.
Após o encontro com a presidenta, o presidente da CNBB disse que o Ministério da Saúde vai disponibilizar os materiais necessários para que os padres e bispos auxiliem no trabalho de orientação das pessoas para combaterem o mosquito. Segundo ele, os líderes católicos vão aproveitas as celebrações e reuniões nas igrejas para incentivar os fiéis a fazerem sua parte. No âmbito comunitário, explicou, poderá ser feito um mapeamento da situação a nível local, podendo inclusive haver a organização de mutirões coletivos.
“Estamos vendo crescer a consciência a respeito da gravidade e da urgência da situação. Precisamos fazer nossa parte para que isso cresça ainda mais. Temos iniciativas pessoais, comunitárias, mas também no saneamento básico. Aí entra o poder público. Temos consciência da gravidade desse momento, temos muito a contribuir, mobilizando, formando as pessoas para que haja uma redução significativa do número [de infectados com o vírus]”, disse.
Fonte: Agência Brasil