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Ao menos cinco mil animais de estimação foram encontrados mortos na semana passada em um depósito na cidade de Luohe, na província chinesa de Henan. O caso foi descoberto e denunciado pelo projeto Wutuobang (utopia, em mandarim), que trabalha com o resgate de animais. Coelhos, porquinhos-da-índia, gatos e cachorros estavam em gaiolas de plástico ou metal embrulhadas em caixas de papelão com alguns orifícios.
“O depósito estava abarrotado de caixas com milhares de animais que já haviam morrido, e todo o lugar cheirava a corpos apodrecendo. Era como o inferno. Certamente morreram de asfixia, desidratação e fome”, contou a irmã Hua fundadora do grupo de resgate, em entrevista à “CBS”. Esse é um nome fictício, já que a mulher prefere não se identificar.
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A legislação chinesa não permite envio de animais em embalagens comuns de transportes. Apesar disso, voluntários acreditam que os pets tenham sido comprados pela internet e deixados no depósito após uma empresa de logística ter se recusado a fazer as entregas, já que o serviço violava a lei local.
Segundo o jornal estatal “Global Times”, etiquetas anexadas às caixas mostravam que os animais foram transportados até o depósito pela empresa de entrega expressa Yunda e chegaram ao local no início do mês de setembro. Dois funcionários da Yunda disseram ao jornal que não tinham ouvido falar do incidente, mas confirmaram que a transportadora permite a entrega expressa de animais vivos e que “eles são transportados em caixas com buracos”.
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“A regras sobre o transporte de animais foram impostas décadas atrás, em 1990, sem uma pena equivalente ao crime. Por isso não é fácil punir diretamente os infratores”, disse o advogado Zhang Bo ao jornal chinês.
Voluntários do Wutuobang conseguiram resgatar ainda com vida 200 coelhos e 50 cães e gatos. Alguns deles foram adotados logo após o resgate e os mais feridos foram encaminhados para clínicas veterinárias. Coube às autoridades a coleta dos filhotes mortos, bem como a desinfecção do local. A polícia investiga o caso.
Fonte: Época