02 de novembro, 2025

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Cinco anos após fechamento, animais do famoso Zoológico de Luján, na Argentina, começam a ser resgatados

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Em 2020, autoridades fecharam o Zoológico de Luján, na grande Buenos Aires, na Argentina. O local ficou famoso por permitir que os visitantes interagissem com tigres e leões e tirassem fotos com eles e por denúncias de que os animais eram sedados para participar destas interações. Agora, passados cinco anos do fechamento, os animais que sobreviveram receberam cuidados veterinários urgentes pela primeira vez.

Na quinta-feira (30), 62 grandes felinos e 2 ursos pardos foram avaliados e tratados antes de sua transferência definitiva para santuários de vida selvagem no exterior. Isso foi possível graças a um recente acordo firmado entre o governo argentino e a organização internacional de bem-estar animal Four Paws, informa a agência AP.

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Reportagem da The Associated Press relatou que a maioria dos bichos do zoológico não havia sido vacinada, esterilizada ou microchipada para identificação. Veterinários e especialistas da Four Paws sedaram leões e tigres e os levaram para as mesas de cirurgia, administrando nutrientes, antibióticos e doses de analgésicos por meio de soro intravenoso.

Alguns deles tiveram que passar por cirurgias de emergência. Caso de um tigre que foi tratado de um corte na cauda e uma leoa de um tumor vaginal. Além disso, vários animais precisaram de tratamento dentário para reparar dentes infectados que haviam sido quebrados nas grades de aço da jaula. Outros receberam tratamento para garras que cresceram para dentro devido ao excesso de caminhadas em pisos de tábuas artificiais.

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Desde que o local fechou, a condição dos felinos em cativeiro só piorou, informa a AP. Nos últimos anos, os únicos cuidados que receberam vieram de alguns tratadores que, apesar de terem perdido seus empregos, assumiram essa responsabilidade de alimentar e cuidar dos leões e tigres abandonados, dentro de suas possibilidades.

Há dois anos, quando a Four Paws visitou o zoológico pela primeira vez, havia 112 leões e tigres. Na época do fechamento, esse número era de 136. Este ano, a quantidade de animais caiu ainda mais, devido à doenças causadas por má nutrição, ferimentos resultantes de brigas com espécies que jamais encontrariam na natureza, infecções por falta de atendimento médico e falência de órgãos devido ao estresse de viver em condições tão precárias.

Os bichos vivem em jaulas de 3 metros quadrados superlotadas. Uma delas tinha 7 leoas. Outra, contava com 2 tigres asiáticos e 2 leões africanos, uma “composição social que jamais seria encontrada na natureza”, apontou D’Abramo. “Há muita hostilidade, muitas brigas”, salientou.

Após firmar um acordo com o governo argentino no início deste ano, a Four Paws assumiu, no mês passado, a responsabilidade pelos sobreviventes. Embora a organização sediada em Viena, na Áustria, já tenha feito vários resgates difíceis, como tigres famintos da guerra civil na Síria e e filhotes de leão negligenciados da Faixa de Gaza sitiada, nunca havia resgatado um número tão alto de grandes felinos.

“Aqui, o número de animais e as condições em que são mantidos tornam este um desafio muito maior”, observou Amir Khalil, veterinário que lidera a missão de emergência. “Esta é uma das nossas maiores missões… não só na Argentina ou na América Latina, mas em todo o mundo.”

Todos os animais serão avaliados nas próximas semanas. Depois disso, a Four Paws providenciará a transferência deles para lares mais amplos e naturais ao redor do mundo

Um dos tigres que ainda esperava pelo resgate no zoo de Lujan, na Argentina (Foto: Dr. Amir Khalil/ Four Paws Australia)

Fonte: Um Só Planeta

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