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Uma história digna de Game of Thrones da vida real: acusado de assassinar seus dois sobrinhos para ser coroado rei da Inglaterra, Ricardo III será “julgado” após quase 600 anos. Para chegar ao veredito, cientistas britânicos analisarão o DNA de dois esqueletos que pertenceriam a Eduardo V e Ricardo de Shrewsbury (foto), filhos do rei Eduardo IV e legítimos herdeiros da Coroa.
Ricardo III chegou ao poder de maneira controversa: após a morte do irmão Eduardo IV, que morreu em 1483, o nobre ficara responsável por ser o Lorde Protetor de seu sobrinho, Eduardo V. De acordo com a tradição, ele seria tutelado pelo tio até ter idade suficiente para assumir o trono da Inglaterra. Mas após realizar manobras políticas, os herdeiros de Eduardo IV foram considerados ilegítimos e Ricardo III ascendeu como rei inglês.
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O destino dos filhos do rei Eduardo IV seria trágico: de acordo com os boatos da época, os filhos do rei Eduardo V foram encarcerados pelo tio na Torre de Londres e posteriormente assassinados. Em 1674, esqueletos de duas crianças foram encontradas próximos à escadaria de uma capela da Torre — os restos mortais seriam enterrados na Abadia de Westminster, local reservado a membros da realeza britânica e a outros notáveis.
Morto durante uma batalha em 1485, Ricardo III seria desprezado posteriormente por seus súditos: na tradição literária, William Shakespeare se referia ao monarca como um vilão. Agora, a ciência poderá indicar se o assassinato das crianças de fato ocorreu: pesquisadores localizaram uma descendente direta da avó materna de Eduardo V e de Ricardo de Shrewsbury, a cantora de ópera inglesa Elizabeth Roberts.
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Caso o DNA extraído corresponda aos esqueletos que estão enterrados na Abadia de Westminster, ficará esclarecido que o encarceramento dos príncipes na Torre de Londres não era uma simples lenda.
Fonte: Galileu