17 de outubro, 2024

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Cientistas japoneses desvendam mistério sobre ‘sereia mumificada capturada no século 18’

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Durante muito tempo o mistério da “sereia mumificada” resistiu e povoou o imaginário popular japonês. A criatura de 30 centímetros foi “capturada” no Oceano Pacífico, na ilha de Shikoku (Japão), entre 1736 e 1741, de acordo com os primeiros relatos.

Com uma careta no rosto, dentes pontiagudos, duas mãos e cabelos na cabeça e na testa, ele tem uma aparência estranhamente humana – exceto por sua metade inferior semelhante a um peixe.

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‘Sereia’ japonesa do século 19 (Foto: Reprodução/Hiroshi Kinoshita)

Por cerca de 40 anos, a “sereia” do século 18 ficou guardada num templo na cidade japonesa de Asakuchi. Os moradores adoraram a criatura misteriosa por anos, acreditando que ela concedia a imortalidade a qualquer um que provasse sua carne. O sacerdote-chefe do templo, Kozen Kuida, disse ao jornal “The Asahi Shimbun”, que eles até a adoravam na esperança de que “ajudasse a atenuar a pandemia do coronavírus”.

Mas, no ano passado, pesquisadores da Universidade de Ciências e Artes de Kurashiki levaram a múmia para testes e tomografias em uma tentativa de desvendar os seus segredos. E, agora, os especialistas descobriram que a criatura é completamente artificial, feita no final do século 19. Ou seja, sequer o período em que a suposta criatura foi encontrada bate com a realidade.

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Não há evidências de nenhum esqueleto. Em vez disso, a “sereia” é feita de papel, pano e algodão.

Os cientistas disseram que a metade inferior do corpo vem da cauda de um peixe, adicionada provavelmente por quem a criou. Sua mandíbula e dentes foram retirados de um peixe e o cabelo o veio originalmente de um mamífero, descobriram os pesquisadores, de acordo com o “Sun”.

Depois de lançar o projeto no ano passado, Hiroshi Kinoshita, da Sociedade de Folclore de Okayama, disse que a criatura poderia ter um significado religioso.

“As sereias japonesas têm uma lenda da imortalidade”, disse ele. “Dizem que se você comer a carne de uma sereia, nunca morrerá. Existe uma lenda em muitas partes do Japão de que uma mulher acidentalmente comeu a carne de uma sereia e viveu por 800 anos. Esta lenda de Yao-Bikuni também é preservada perto do templo onde a múmia da sereia foi encontrada. Ouvi dizer que algumas pessoas, acreditando na lenda, costumavam comer as escamas de múmias de sereias”, completou o cientista.

Ele acredita que foi fabricado em algum momento durante o período Edo – uma era da história japonesa que se estende de 1603 a 1867.

“Acho que isso foi feito para exportação para a Europa durante o período Edo, ou para espetáculos no Japão. A lenda das sereias permanece na Europa, na China, no Japão e em todo o mundo. Portanto, posso imaginar que as pessoas naquela época também estavam muito interessadas nisso”, declarou Kinoshita.

Fonte: Extra

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