29 de outubro, 2025

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Cientistas encontram formas de vida ‘impossíveis’ sob o gelo do Ártico, aponta nova pesquisa

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Cientistas da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, identificaram micro-organismos vivendo em condições consideradas impossíveis sob o gelo do Oceano Ártico. Invisíveis a olho nu, essas bactérias prosperam nas águas geladas e escuras da região central do polo norte, onde há pouco nitrogênio disponível, um elemento essencial para a sobrevivência da maioria das formas de vida conhecidas.

A equipe descobriu que esses micro-organismos, chamados de diazotróficos não cianobacterianos, conseguem converter o nitrogênio atmosférico em uma forma utilizável, mesmo sem realizar fotossíntese — um processo comum em bactérias que vivem na superfície oceânica. A habilidade surpreendeu os cientistas, que até então acreditavam ser impossível a fixação de nitrogênio sob o gelo polar, informa o Daily Mail.

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Segundo os pesquisadores, os microrganismos, principalmente bactérias e arqueas, podem converter o nitrogênio atmosférico em uma forma utilizável, mas não realizam fotossíntese como as cianobactérias. (Foto: Divulgação)

As amostras foram coletadas em 13 pontos diferentes do Ártico a bordo do navio de pesquisa RV Polarstern, durante expedições realizadas entre 2021 e 2022. Os resultados mostraram taxas elevadas de fixação de nitrogênio especialmente nas áreas onde o gelo está derretendo mais rapidamente. Segundo os pesquisadores, a presença de menos gelo — consequência direta do aquecimento global — pode estar favorecendo a sobrevivência desses organismos.

O processo identificado tem grande importância ecológica, já que o nitrogênio fixado pelos microrganismos alimenta o crescimento de algas e outras formas de vida marinha. No entanto, os cientistas alertam que o aumento desse processo pode causar florescimentos algais descontrolados, prejudicando peixes, mamíferos e todo o ecossistema do Ártico.

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Os resultados do estudo, publicados na revista Communications Earth & Environment, sugerem que a fixação de nitrogênio precisa ser incorporada aos modelos que tentam prever as mudanças no Oceano Ártico nas próximas décadas. A descoberta, segundo os autores, muda a forma como a ciência entende a vida em ambientes extremos e reforça o impacto do aquecimento global sobre os ciclos biogeoquímicos do planeta.

Exploração no Ártico. (Foto: Um Só Planeta)

Fonte: Um Só Planeta

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