18 abril, 2024

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Cientistas descobrem supernova mais brilhante já observada

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Quando os astrônomos descobriram uma supernova em 2016, ela já causava espanto pelo intenso brilho que ofusca sua própria galáxia.

Agora, uma equipe internacional de cientistas acredita que a explosão da estrela ao morrer, conhecida como SN2016aps (e que ocorreu há quase quatro bilhões de anos), é a mais brilhante e possivelmente a mais forte já detectada.

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Os astrônomos, que publicaram suas descobertas na revista Nature Astronomy, também suspeitam que a SN2016aps possa ser uma espécie de supernova conhecida como “instabilidade do par pulsacional” – e cuja existência só fora prevista teoricamente.

1.000 dias de radiação

Isso ajuda a explicar por que a SN2016aps parece uma novidade para os astrônomos.

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Depois de observada inicialmente em 2016, a supernova continuou emitindo radiação por mais de mil dias.

“Em uma supernova típica, a radiação é inferior a 1% da energia total. Mas na SN2016aps, descobrimos que a radiação era cinco vezes a energia de explosão de uma supernova de tamanho normal”, disse Matt Nicholl, da Escola de Física e Astronomia na Universidade de Birmingham e um dos autores do artigo Nature Astronomy.

“Esta é a luz mais forte que já vimos emitida por uma supernova”, acrescentou.

A equipe de astrônomos de várias instituições observou a SN2016aps por dois anos até que ela diminuísse para 1% do seu ponto mais brilhante. Isso lhes permitiu calcular, entre outras coisas, a massa da supernova: algo entre 50 a 100 vezes maior que a massa do Sol.

As supernovas observadas anteriormente tinham cerca de 8 a 15 vezes mais massa que o nosso Sol.

A galáxia em que a supernova foi descoberta nem tem nome. Sua distância é de cerca de quatro bilhões de anos-luz da Terra, de acordo com Edo Berger, da Universidade de Harvard, outro cientista envolvido no projeto.

‘Olhando para trás’

Não é a supernova mais distante já descoberta — esse registro pertence à DES16C2nm, localizada a 10,5 bilhões de anos-luz de distância.

Mas aconteceu longe o suficiente para oferecer aos astrônomos a chance de “viajar pelo tempo” aos primórdios do universo.

“Encontrar esta supernova extraordinária não poderia ter acontecido em um momento melhor”, disse Berger.

“Com o novo Telescópio Espacial James Webb da Nasa, poderemos ver eventos semelhantes tão distantes que podemos voltar no tempo para a morte das primeiras estrelas do universo”.

Fonte: BBC

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