05 de novembro, 2024

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Cientistas descobrem fóssil de 34 milhões de anos que dá novas pistas sobre evolução das cobras

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Uma nova espécie de cobra descoberta em forma fóssil no Wyoming, nos Estados Unidos, traz novas pistas para a compreensão da evolução das cobras. A descoberta, baseada em quatro espécimes bem preservados encontrados enrolados numa toca, revela a até então desconhecida Hibernophis breithaupti, que viveu na América do Norte há 34 milhões de anos. Segundo os cientistas, o achado esclarece a origem e a diversificação das jibóias e pítons.

A espécie Hibernophis breithaupti tem características anatômicas únicas, em parte porque os espécimes estão articulados – eles foram encontrados inteiros com os ossos ainda dispostos na ordem correta – o que é incomum para cobras fósseis. Os pesquisadores acreditam que pode ser um dos primeiros membros do Booidea, um grupo que inclui jibóias e pítons modernas. Essas cobras modernas estão difundidas nas Américas, mas a sua evolução inicial não é bem compreendida. Estes fósseis novos e muito completos, contudo, acrescentam novas informações importantes.

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Cobras: esqueleto fossilizado da recém-descoberta espécie de cobra Hibernophis breithaupt. (Foto: Divulgação)

Tradicionalmente, tem havido muito debate sobre a evolução das pequenas jiboias escavadoras. Hibernophis breithaupti mostra que as partes norte e mais centrais da América do Norte podem ter sido um centro chave para o seu desenvolvimento. A descoberta destas cobras enroladas umas nas outras também sugere a mais antiga evidência potencial de um comportamento que hoje é bem conhecido: a hibernação em grupos.

“As cobras-liga modernas são famosas por se reunirem aos milhares para hibernar juntas em tocas”, diz Michael Caldwell, paleontólogo que coliderou a pesquisa junto com sua ex-aluna de graduação Jasmine Croghan e colaboradores da Austrália e do Brasil. “Elas fazem isso para conservar o calor através do efeito criado pela bola de animais em hibernação. É fascinante ver possíveis evidências de tal comportamento social ou hibernação que remonta a 34 milhões de anos.” O estudo foi publicado na revista Zoological Journal of the Linnean Society.

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Fonte: Um Só Planeta

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