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Uma expedição chinesa realizada com o submersível “Fendouzhe” revelou a maior colônia conhecida de formas de vida em grandes profundidades, no fundo das fossas abissais do Oceano Pacífico, chegando a quase 9.533 metros, na fossa de Kuril-Kamchatka e Aleutian.
O estudo, publicado na revista Nature nesta semana, mostra comunidades extensas de vermes-tubo, moluscos bivalves e outros invertebrados que vivem em um ecossistema baseado na quimiossíntese, utilizando metano e sulfeto de hidrogênio como fonte de energia, em vez da luz solar. Segundo os pesquisadores Xiaotong Peng e Mengran Du, “essas descobertas desafiam os modelos atuais de vida em limites extremos e o ciclo do carbono no oceano profundo”, relata a agência AFP.
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Este ambiente, marcado por alta pressão, ausência total de luz e baixíssimas temperaturas, é surpreendentemente habitado por formas de vida adaptadas, o que amplia o entendimento sobre a biodiversidade marinha e os ciclos biogeoquímicos nos oceanos. Veja abaixo vídeo feito pelos pesquisadores.

A descoberta ganha relevância especial diante da crescente disputa por direitos de exploração mineral nos mares. Cientistas alertam que a mineração marinha, ainda sem regulamentação internacional clara, pode destruir esses ecossistemas frágeis e pouco compreendidos. O estudo reforça a importância de proteger essas áreas antes de permitir intervenções como a extração de minerais.
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A comunidade científica destaca que ambientes similares provavelmente existem em outras fossas oceânicas, sugerindo que tais ecossistemas quimiossintéticos podem ser mais comuns do que se imaginava e que a biologia dessas regiões deve ser incluída nas discussões sobre exploração e conservação dos oceanos mais profundos .

Fonte: Um Só Planeta