16 de maio, 2024

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CIEEJA passará a ocupar instalações no prédio da APAE, em Botucatu

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Mais de 45,6 milhões de brasileiros declaram ter alguma deficiência, segundo dados do Censo Demográfico 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 23,9% da população do país. Em Botucatu, a proporção é semelhante à média do país, com pouco mais de 32 mil pessoas informando ter algum tipo de deficiência. 
 
Para esse grande contingente populacional, o ano de 2016 deverá ser marcado por uma verdadeira revolução em termos de estrutura para o atendimento as suas necessidades nas mais diferentes áreas. No primeiro semestre, a Prefeitura e o Governo do Estado deverão inaugurar as instalações do Centro de Tecnologia e Inclusão Social e a primeira etapa do Centro Paradesportivo, construídos em área anexa ao ginásio municipal de esportes “Dr. Mário Covas Júnior”, no Bairro Alto. O projeto prevê mais de 3 mil m² de área construída divididos entre os dois complexos.
 
O Centro de Tecnologia e Inclusão Social contará com áreas para Oficina de Orientação Profissional, Oficina Cultural (Teatro/Vídeo), Oficina de Artesanato, Oficina de Tecnologia em Informação e Comunicação, Acessa São Paulo, Pátio de Convivência, sanitários adaptados, recepção, diretoria, secretaria e anfiteatro para 200 pessoas. 
 
Já a primeira etapa do Centro Paradesportivo a ser entregue inclui salão de fisioterapia, vestiários, administração, piscina de hidroterapia (aquecida) e piscina semi-olímpica com 4 raias (aquecida). Já está em licitação a construção de um ginásio coberto voltado ao treinamento e competições de modalidades paraolímpicas. 
 
Além disso, está pré-agendada para Junho de 2016 a inauguração da unidade do Centro de Reabilitação da Rede Lucy Montoro, voltado à reabilitação e recuperação de pessoas com deficiência. O prédio está em fase final de construção às margens da Rodovia Marechal Rondon, no antigo prédio da Brashidro. O imóvel foi adquirido em 2009 pela Prefeitura e cedido ao Governo do Estado. No local também funcionará o AME (Ambulatório Médico de Especialidades). Os investimentos são da ordem de R$ 15 milhões.
 
O Centro de Reabilitação Lucy Montoro proporciona o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motoras e sensório-motoras, de acordo com as características de cada paciente. Os tratamentos são realizados por equipes multidisciplinares, composta por profissionais especializados em reabilitação, entre médicos fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos e fonoaudiólogos. 
 
CIEEJA – Esses novos equipamentos, além de ampliarem a oferta de serviços em áreas importantes como saúde, cultura, esportes e qualificação profissional, também permitirão que crianças, jovens e adultos atendidos por unidades escolares e instituições especializadas possam desenvolver uma série de atividades no contra turno, permitindo a criação de uma rede de atenção específica para esse público em período integral.   
 
Duas importantes instituições que se especializaram no atendimento a pessoas com deficiência – o Centro Integrado de Educação Especial de Jovens e Adultos (CIEEJA) e a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) vão se beneficiar diretamente dos serviços a serem oferecidos por esses novos equipamentos. E a partir de 2016 ambas deverão atuar de forma integrada e dividindo o mesmo espaço. Essa possibilidade, aventada já há algum tempo, está bem próxima de ser concretizada.
 
Os detalhes dessa mudança foram discutidos em reunião com pais de alunos do CIEEJA, no início da noite de terça-feira (29). A secretária municipal de Educação, Alessandra Lucchesi de Oliveira, anunciou que a proposta busca fortalecer as ações, ampliar a oferta de vagas, qualificar o atendimento e assegurar que alunos com mais de 30 anos, que por força estatutária são obrigados a deixar o CIEEJA, continuem sendo assistidos. 
 
Por meio de convênio, a Prefeitura deverá transferir recursos para que a APAE execute a reforma de um bloco que se encontra desativado, colocando o espaço em condições para receber os 53 alunos do CIEEJA. O início das aulas está previsto para 15 de fevereiro. Todos os recursos materiais, a direção e a equipe de professores e demais funcionários serão mantidos e transferidos para o novo local. 
 
Além de funcionar em um prédio em condições mais adequadas para o trabalho de estimulação sensorial, os alunos passarão a contar com novos benefícios, que incluem apoio e atendimento clínico prestado por fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neurologistas, psicólogos, terapeuta ocupacional, assistentes sociais e dentistas. Também serão integrados a projetos de artes que incluem trabalhos com dança, música e teatro, além de hidroterapia. 
 
“Nossa intenção é acolher a todos, investir nessa integração e até mesmo propiciar a ampliação do número de vagas, sempre com foco na melhoria do nosso atendimento”, cita Alessandra. 
 
O prefeito João Cury Neto fez questão de acompanhar a reunião e reforçou a importância de dar total transparência ao processo, permitindo que os pais esclareçam todas as dúvidas quanto ao futuro de seus filhos. 
 
“Toda mudança gera desconforto e preocupação. Isso é perfeitamente compreensível. Por isso estamos tendo muito cuidado e todo o carinho ao fazer qualquer tipo de movimento. Jamais faremos qualquer alteração que venha a causar prejuízo aos alunos. Não haverá perda de qualidade de atendimento e novas oportunidades vão se abrir para eles. Uma gama de serviços passará a estar disponível e que até então a cidade não oferecia, inclusive de preparação para o mercado de trabalho. Tenho certeza que essa realidade está mudando para melhor”, declarou.  
 
Segundo Cury, o fato da APAE estar disposta a integrar suas ações com o CIEEJA demonstra que a instituição vive um novo momento, sintonizado com as necessidades de um público que exige cuidados especializados e merece toda atenção. 
 
“Esse também é um trabalho de resgate de uma dívida com a cidade. Houve um tempo em que a APAE mais dividia do que acolhia. Até em razão disso surgiu o CIEEJA. Mas a diretorias mudaram e as pessoas foram entendendo que as coisas não podiam continuar daquele jeito. Constatamos que ao longo dos anos houve essa mudança de mentalidade e de comportamento. E o poder público ajudou investindo na melhoria das instalações, mostrando um novo caminho para trilharmos juntos. Estou convencido que vai ser melhor porque ouvi pessoas da área que falaram que faz muito mais sentido ser assim. Não é uma aposta no escuro. A presença da equipe, os recursos que serão repassados são formas de garantir qualidade no atendimento a ser prestado, sem gerar prejuízo para ninguém. Se a gente estiver junto nessa caminhada será mais tranquila e mais fácil para todos”, completou Cury. 
 
Por sugestão do prefeito, os pais de alunos do CIEEJA serão convidados para conhecerem de perto as instalações e a estrutura que será disponibilizada pelo Centro de Tecnologia e Inclusão, Centro Paradesportivo, Centro Lucy Montoro e pela própria APAE. A visita, ainda sem data definida, deverá acontecer no próximo mês de Janeiro.
Fonte: Prefeitura Municipal de Botucatu

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