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O Vírus do Nilo Ocidental (VNO) foi detectado em Nova York em 1999. Espalhando-se por outras regiões dos Estados Unidos, ele atingiu aves e provocou a morte em massa de corvos no país. Duas décadas depois, uma cidade do interior do estado americano, Rochester, ainda batalha pra controlar essa epidemia.
Tudo porque mais de 20 mil corvos têm o costume de ocupar a cidade na época de natal. Grupos dessas aves têm o costume de se empoleirar na região do centro em todas as noites de dezembro. E, desde 2012, a solução da prefeitura para afastá-las é a mesma: lasers e fogos de artifícios.
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Os corvos voam quilômetros de distância para chegar até Rochester, onde buscam abrigo. Então, especialistas em vida selvagem procuram as aves pela cidade e, quando encontram o grupo, disparam fogos de artifício, acionam holofotes, projetam raios laser em prédios próximos e reproduzem gravações em alto volume de corvos em aflição. A alternativa para essas ações é bater palmas.
As aves fogem em grupos de milhares e pousam em outro local da cidade, dando início a um ciclo vicioso. O objetivo não é tentar expulsá-las da cidade, mas dividi-las em grupos menores e menos barulhentos que, consequentemente, farão menos bagunça.
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“Costumávamos usar máquinas para lavar bancos, passeios, estátuas”, disse Karen St. Aubin, diretora de operações de Rochester, ao New York Times. Afinal, além de remexer o lixo, os corvos acabam sujando locais públicos com excrementos.
“É realmente uma questão de manutenção. Alguns destes poleiros maiores estão em locais públicos e podem torná-los inutilizáveis.” Ela informou que a cidade gasta cerca de US$ 9 mil, ou quase 55 mil reais por ano, para dispersar os corvos.
Ornitólogos e funcionários municipais alertaram que a prática não prejudica os corvos. No entanto, um grupo no Facebook chamado “Rochesterians for Crows” (ou “Rochesterianos pelos corvos”) foi criado em 2012 como oposição a ação da cidade para “expulsar os corvos de seu poleiro natural sem saber as consequências futuras de tais ações”.
Fonte: Um Só Planeta – Foto: Wikimedia Commons