18 abril, 2024

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Cidade na Suécia tem protestos depois da circulação de um vídeo com livro sagrado do islã sendo queimado

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Cerca de 300 pessoas foram às ruas protestar na cidade de Malmö, no sul da Suécia, na sexta-feira (28), depois da circulação de um vídeo na Internet que mostrava o Alcorão, o livro sagrado do islã, sendo queimado, informou o jornal “The Guardian”.

Os manifestantes atiraram pedras contra a polícia e queimaram pneus na cidade, mas, segundo a polícia, não houve relatos de feridos entre os que protestavam.

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“Alguns policiais ficaram levemente feridos. Atualmente, temos 13 suspeitos procurados por distúrbios, cinco deles foram presos, mas todos já foram libertados”, disse o porta-voz da polícia, Patric Fors.

Foto mostra protesto em Malmö, na Suécia, na sexta-feira (28). — Foto: TT NEWS AGENCY / AFP
Protesto em Malmö, na Suécia (Fotos: Reprodução)

Um imã local (autoridade religiosa do islã), Samir Muric, estava no local dos protestos e condenou a violência.

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“Aqueles que estão agindo dessa forma não têm nada a ver com o islã”, escreveu Muric. “Seus gritos cheios de ‘Allahu Akbar’ [Deus é grande] são apenas explosões que eles não dizem a sério, porque, se realmente quisessem dizer isso, não teriam agido assim”, afirmou o imã.

Entre os espectadores, ficou claro que muitos muçulmanos e entre eles se opunham aos protestos, disse o “The Guardian”.

“Não gosto disso, porque os árabes estão ferrando com a nossa comunidade aqui na Suécia porque um dinamarquês queimou um Alcorão”, reclamou um homem, cujo nome não foi identificado pelo jornal britânico, filho de pais libaneses e que cresceu em Malmö. “E é isso que ele quer. Eles querem que sejamos assim. Eu nunca vi isso na minha vida. Estou chocado”, completou.

Segundo a polícia, a calma só voltou à área por volta das 3h da manhã de sábado (29). Ao longo da noite, a polícia manteve a posição em um cruzamento que marca a linha divisória entre o bairro de Rosengård, onde os protestos ocorreram, e o centro de Malmö.

Político dinamarquês deportado

Segundo o “The Guardian”, o vídeo com o livro sagrado queimando foi circulado por seguidores do político dinamarquês de extrema direita Rasmus Paludan.

A filmagem mostrava o Alcorão pegando fogo perto de uma das mesquitas de Malmö, cidade que tem o maior número de refugiados em relação à população total na Suécia. (A capital, Estocolmo, e a cidade de Gotemburgo têm maiores números absolutos).

Além de se filmarem queimando o livro sagrado dos muçulmanos, os seguidores de Paludan também publicaram um vídeo em que chutavam, como uma bola de futebol, outro exemplar do Alcorão, ao redor da praça principal de Malmö, segundo o “The Guardian”. Três deles foram presos por suspeita de crimes de ódio.

A polícia de Malmö debateu por duas semanas sobr dar ou não permissão a Paludan, que lidera o partido “Stram Kurs” (“Linha Dura”, em português) para realizar um protesto anti-islâmico, segundo o “The Guardian”. Na quarta (26), a autorização foi negada.

Na sexta (28), mesmo dia dos protestos, Paludan foi parado em um carro pela polícia sueca ao deixar uma ponte que liga o país à Dinamarca. Ele foi deportado e proibido de entrar na Suécia por dois anos.

Fonte: Yahoo!

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