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O alto índice de crianças que já teve contato com a covid-19 e a maior proporção de assintomáticos no grupo fizeram a Prefeitura de São Paulo determinar que as escolas públicas e privadas não serão autorizadas a retomar as atividades parcialmente no mês que vem, como permite o governo do estado.
Os números que basearam a decisão foram divulgados ontem e são parte do inquérito sorológico realizado pelo município em 6 mil crianças e adolescentes matriculados na rede municipal de ensino e com idades entre 4 e 14 anos.
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De acordo com o inquérito, 16,1% dos 675,9 mil estudantes nessa faixa etária já tiveram contato com a covid-19 na capital. A prevalência é maior do que a média da cidade, que é 10,9%, segundo o último inquérito sorológico com toda a população.
Além disso, outro fator que preocupa é a maior proporção de assintomáticos entre os estudantes. Enquanto que entre os alunos contaminados o percentual é de 64,4%, na média geral da população esse número é de 40%.
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“O retorno das aulas, portanto, seria temerário em um momento como esse, em que estamos controlando a doença. É muito mais complicado manter o distanciamento na escola do que em bares, restaurantes e supermercados”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
“A volta às aulas agora representaria, pelo o que pensa a secretaria da Saúde, um grande vetor de contaminação e disseminação da doença na cidade”, completou o tucano.
O estado havia permitido o retorno parcial dos estabelecimentos de ensino a partir de 8 de setembro para atividades como reforço escolar e educação física, além da liberação do uso de bibliotecas e laboratórios.
A volta das aulas presenciais só está prevista para 7 de outubro, mas essa data ainda é vista com cautela pela Prefeitura de São Paulo. O município vai agora aprofundar as informações sobre a prevalência da covid-19 em estudantes da capital em inquéritos sorológicos com alunos das redes pública estadual e privada.
Fonte: Jornal Metro