29 de novembro, 2024

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China presta queixa e ameaça Canadá por detenção de diretora da Huawei

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A China apresentou uma queixa formal contra o Canadá na qual pede a libertação da diretora financeira da Huawei, Meng Wangzhou (foto), e advertiu esse país de que deverá assumir as “graves consequências” da sua detenção, transformando o caso em um dos piores conflitos diplomáticos entre os dois países.

O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Lhe Yucheng, convocou no sábado (9) durante a noite o embaixador canadense John McCallum para apresentar-lhe um “forte protesto” por causa da detenção de Meng em Vancouver e exigiu que Ottawa a liberte imediatamente, de acordo com um breve comunicado da chancelaria chinesa.

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O ministério qualificou a detenção como “extremamente desagradável”, acrescentando que “ignora a lei” e que tem todos os reflexos de “causar danos” às relações sino-canadenses.

Meng esteve na sexta-feira passada em um tribunal canadense para pedir sua liberdade pagando uma fiança, enquanto a Justiça do país decide se aprova sua extradição para os Estados Unidos, onde é acusada de fraude para burlar as sanções contra o Irã.

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Meng Wanzhou, diretora financeira global da Huawei, foi presa no Canadá em 1º de dezembro e enfrenta extradição para os Estados Unidos, que alega ter descoberto que ela acobertava as ligações de sua empresa com uma companhia que tentou vender equipamentos para o Irã, apesar das sanções.

A executiva também é a filha do fundador da Huawei.

Investigação

A prisão, revelada pelas autoridades canadenses na noite de quarta-feira, é parte de uma investigação dos EUA sobre um esquema para usar o sistema bancário global para contornar as sanções de Washington contra o Irã.

Entre 2009 a 2014, a Huawei teria usado a empresa Skycom para realizar negócios no Irã, apesar das proibições dos EUA e da União Europeia.

Se for extraditada, Meng enfrentará acusações de conspiração para fraudar múltiplas instituições financeiras, segundo a corte, com uma sentença máxima de 30 anos para cada acusação.

O advogado do governo canadense sugeriu que Meng evitou ir aos Estados Unidos desde que soube da investigação sobre o assunto e que não tem vínculos com o Canadá. Ele alegou que devido ao seu acesso a dinheiro e contatos existe alto risco de fuga.

Guerra comercial entre EUA e China

A notícia da prisão de Meng contra a Huawei gerou temor de que a medida possa agravar uma guerra comercial entre os EUA e a China, após uma trégua ter sido acordada entre os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping.

No último encontro do G20, em Buenos Aires, Trump e Xi Jinping negociaram um acordo temporário que adiou um aumento de tarifas planejado para 1º de janeiro, enquanto as duas partes negociam um pacto comercial.

Este foi o primeiro encontro entre os dois presidentes desde que os EUA elevaram tarifas sobre mais de US$ 200 bilhões de importações chinesas em julho. A China, por sua vez, respondeu também com mais taxação contra produtos vindos dos EUA que somam mais de US$ 100 bilhões.

Fonte: Yahoo!

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