22 de dezembro, 2024

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China pede diálogo entre Rússia e Ucrânia e faz alerta contra uso de armas nucleares

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A China pediu à Rússia e à Ucrânia que retomem as negociações de paz o quanto antes e alertou que armas nucleares não devem ser usadas no conflito, segundo um documento divulgado nesta sexta-feira (24), quando se lembra o primeiro aniversário da guerra.

“Todas as partes devem apoiar a Rússia e a Ucrânia a trabalhar na mesma direção e retomar o diálogo direto o mais rapidamente possível”, considera o ministério das Relações Exteriores chinês no documento de 12 pontos, que visa a uma “solução política” para o conflito.

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Pequim também rejeitou o uso de armas nucleares, poucos dias depois de o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar a suspensão de sua participação em um tratado de desarmamento nuclear com os Estados Unidos. “As armas nucleares não devem ser usadas e as guerras nucleares nunca devem ser travadas. A ameaça ou uso de armas nucleares deve ser combatida”, acrescenta o documento.

O texto destaca a necessidade de proteger os civis: “As partes no conflito devem respeitar estritamente o direito humanitário internacional e evitar atacar civis ou instalações civis”.

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Zelensky: ‘Trabalhar com a China’

“Parece-me que nesse plano há respeito à nossa integridade territorial. Temos que trabalhar com a China nesse ponto”, afirmou Zelensky, que se disse disposto a se reunir com o presidente chinês, Xi Jinping.

Moscou disse valorizar os esforços chineses para pôr fim ao conflito, mas insistiu na necessidade de que seu controle sobre as quatro regiões ucranianas anexadas seja reconhecido. Já a ONU considerou que o plano do gigante asiático representa uma “contribuição importante”.

O assessor de segurança nacional do presidente americano considerou que o documento chinês poderia “parar no ponto um, que é respeitar a soberania das nações. A guerra poderia terminar amanhã se a Rússia deixasse de atacar a Ucrânia e retirasse suas forças”, indicou Jake Sullivan à rede de TV CNN.

O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou que o plano “não tem muita credibilidade”, uma vez que a China “não foi capaz de condenar a invasão ilegal da Ucrânia”.

Aliados neutros

A China tentou se posicionar como parte neutra no conflito, embora mantenha laços com a Rússia. O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, reuniu-se na capital russa na última quarta-feira com o presidente Vladimir Putin e seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, durante uma visita para apresentar sua “solução política” para a guerra.

Em um resumo da reunião publicado pela agência estatal Xinhua, Wang afirmou que a China pretende “aprofundar a confiança política e reforçar a coordenação estratégica” com a Rússia.

A proposta chinesa mostra que Pequim “vê, claramente, o conflito na Ucrânia como um produto do que chama de mentalidade de Guerra Fria e de uma arquitetura de segurança antiquada na Europa”, disse Manoj Kewalramani, analista do Instituto Takshashila de Bangalore (Índia).

O G7 (grupo das sete nações mais industrializadas do mundo) ameaçou hoje com “altos custos” os países que continuarem ajudando a Rússia. “Em vista do apoio militar à Rússia por parte terceiros países que já foi relatado, o G7 tem a intenção de pedir o fim de tal apoio, declarou o premier do Japão, Fumio Kishida.

Após o início da invasão russa, a China ofereceu apoio diplomático e financeiro a Putin, mas se absteve de se envolver militarmente ou de enviar armas letais.

Empresas chinesas controladas pelo Estado venderam drones não letais e outros equipamentos tanto para a Rússia como para a Ucrânia. E Moscou se viu forçado a recorrer ao Irã para obter as aeronaves não tripuladas de combate.

Fonte: Yahoo!

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