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Apesar do salário superar os US$ 1,2 milhão por ano, a China tem problemas para encontrar um astrônomo estrangeiro para dirigir o maior rádiotelescópio do mundo, de acordo com informações publicadas nesta sexta-feira pelo jornal independente “South China Morning Post”.
A Academia Chinesa de Ciências não encontra ninguém com a experiência e a qualificação necessárias para supervisionar a operação diária do FAST, inaugurado há um ano e com o qual a China quer potencializar sua presença e seu prestígio na ciência internacional.
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Situado nas montanhas de Guizhou, no sudoeste da China, o FAST pode captar sinais previamente indetectáveis e proporcionar outras pistas a uma ampla gama de perguntas como a possível existência de vida alienígena inteligente.
“Para um astrônomo, dirigir o FAST poderia ser a oportunidade de toda uma vida”, disse Wang Tinggui, professor de astrofísica da Universidade de Ciência e Tecnologia da China em Hefei (Anhui).
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A Academia Chinesa de Ciências, que possui o radiotelescópio, buscou no exterior um chefe para o projeto porque nenhum astrônomo neste país tem a experiência de manejar uma instalação de tal magnitude e complexidade.
Um anúncio de contratação foi posto no site da academia em maio, bem como nos principais boletins de pesquisa internacionais, mas não houve resposta.
“Não podemos esperar (…), fizemos todo o possível para comunicar nossa oferta”, disse um funcionário participante no processo.
De acordo com a descrição do trabalho, o diretor de operações científicas seria responsável por estabelecer e organizar vários comitês acadêmicos para decidir os objetivos científicos a longo prazo do telescópio e distribuir os seus horários de observação.
Também seria responsável por reportar as principais descobertas feitas pelo telescópio ao Governo a cada ano e supervisionar as despesas e o orçamento.
O candidato deve ter pelo menos 20 anos de experiência prévia e deve ter tido um papel de liderança em um projeto de radiotelescópio a grande escala.
Segundo aponta o jornal, alguns pesquisadores ocidentais têm muita experiência executando telescópios gigantes, mas esta poderia não funcionar na China “devido às barreiras do idioma e a diferença cultural”.
Com um orçamento de 1,2 bilhão de iuanes (US$ 180 milhões), o FAST foi inaugurado em setembro do ano passado com uma grande expectativa e como parte dos planos da China de ser uma potência na pesquisa científica.
Fonte: Yahoo!